Oposição impõe derrota ao governador e líder é obrigado a conduzir revogação de criação da guarda pessoal
Dois aspectos chamam atenção nessa desastrada operação do governador Ricardo Coutinho de sancionar a criação de uma guarda pessoal para ex-gestores, oportunamente revogada nesta quarta (dia 25) pelos próprios deputados estaduais que haviam aprovado, há bem poucos dias. Uma Assembleia, bem se vê, indo e voltando. Que lástima para uma Casa com a sua tradição.
Dois aspectos. De um lado, a articulação da oposição que impôs uma dura derrota ao governador, com um extraordinário desgaste público, e por isso mesmo se viu obrigado a recuar, mesmo negando que tenha criada a tal guarda. Aliás, o governador ainda acha que sua palavra está acima do bem do mal. Há uma semana, ele negou a criação da tal guarda pretoriana, que, agora, a Assembleia revoga.
De outro lado, o papel histriônico do deputado Hervázio Bezerra, líder do Governo, que saiu como bufão da corte desse episódio. Claro que ele apresentou o projeto criando a guarda, por orientação do próprio governador, e, agora, ele é obrigado a tomar o sentido contrário, também por óbvia orientação do governador, para desfazer o que havia malfeito.
É, de fato, lamentável porque, com a sua inteligência e competência parlamentar, Hervázio merecia outra sorte.