A bancada federal da Paraíba vem se debatendo, nos últimos dias, para definição de sua coordenação, depois que o deputado Benjamim Maranhão foi apeado do posto. Houve uma proposta de coordenação conjunta do deputado Wilson Filho, pela Câmara, e o senador Zé Maranhão, pelo Senado. Mas, até onde o Blog apurar, há resistências a esta fórmula.

Vazou, nesse final de semana, um ruído na relação entre o PMDB do senador Zé Maranhão e o prefeito Luciano Cartaxo. O sintoma foi uma declaração do presidente do PMDB Jovem, Ronaldo Andrade, externando insatisfação pela forma como o partido estaria sendo tratado por Cartaxo. Até onde se pode apurar, certa insatisfação existe, mas não seria (ainda) sangria desatada.

Nem deveria mais surpreender. Afinal, cada vez que um novo ranking nacional é divulgado, eis que surge a Paraíba nas piores colocações. Caso da violência, por exemplo. Ou, o mais recente deles, foi o da transparência pública. Justo o governador Ricardo Coutinho que se apresenta como paladino da moralidade e palmatória do mundo.

Uma informação, dada esta manhã (segunda, dia 15), pelo Banco Central, animou o mercado. Segundo o BC, o Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, espécie de prévia do PIB, registrou crescimento de 1,12% de janeiro a março, na comparação com o trimestre anterior (outubro a dezembro de 2016). “Isso significa que a recessão está finalmente chegando ao fim”, diz o empresário José Gonzaga Sobrinho (Deca).

Tem sido tipo indo e voltando a estratégia do governador Ricardo Coutinho e seus aliados em relação ao prefeito Luciano Cartaxo. Ora, tentam capturar o prefeito insinuando apoio à sua eventual candidatura ao Governo do Estado em 2018, ora desdenhando de sua candidatura, inclusive acrescentando como ingrediente potencial várias críticas à sua administração. Morde e assopra.

“O PSDB não pode se definir sobre 2018, tipo pacote fechado, com tanta antecedência. É mais prudente esperar e ver como o quadro político estará para a disputa ao Governo do Estado. Eu repito: não tenho afã de ser candidato, mas acho que o partido não pode abrir mão de ter um. Se o senador Cássio Cunha Lima não quiser, eu me colocarei à disposição do partido”.

É evidente a existência de um viés político nos encontros que o prefeito Romero Rodrigues tem feito com outros prefeitos, nos últimos tempos. Especialmente a partir do momento em que assumiu a condição de pré-candidato ou, no mínimo, interessado em disputar o Governo do Estado em 2018, caso o senador Cássio Cunha Lima decline da postulação.

Nada surpreendente nesses tempos conturbados, mas não deixa de impressionar o clima que beira à histeria nesse episódio do depoimento do ex-presidente Lula. Todos os dias, pessoas de todo o País, sentam perante um juiz para depor. Trata-se de um fato de normalidade democrática. Se há Justiça ou não, é uma outra história. Mas, em Curitiba houve a carnavalização da democracia. Tanto que terminou mesmo na avenida…

Há uma curiosidade no projeto de lei apresentado pelo vereador Lucas de Brito, que estabelece a obrigatoriedade de bares, hotéis e restaurantes apresentarem seus cardápios em código Braille. Trata-se de uma iniciativa das mais louváveis, mas, o detalhe é que essa lei (Lei nº 11.882 de 11/02/2010) já existe e é de autoria do ex-vereador Jorge Camilo.

Imprensa livre e opinião pública informada. Foi graças a esse binômio que, segundo o escritor Palmari Lucena, se materializou o combate à corrupção e o cerco a agentes públicos e seus patrocinadores se tornaram possível no Brasil. Em seu mais novo artigo, “Jornalismo e democracia”, Palmari palmilha a importância da investigação jornalística para apresentar a melhor versão dos fatos.