O impeachment de Dilma Rousseff não acabou, por conta da não inabilitação da ex-presidente votada pelo Senado. Há várias reações. Porém, uma das mais, digamos, curiosas, vem de pessoas que se dizem descendentes da família real brasileira. Membros do grupo protocolaram com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar suspender a decisão do Senado.

Enquanto o País inteiro acompanhava os desdobramentos do processo de impeachment da ex-presidente Dilma, a Paraíba seguia com sua rotina: o faroeste girassol, com bandidos explodindo e assaltando mais uma agência bancária, desta feita em Coremas (405 quilômetros de João Pessoa) e tocando o terror na população, com tiroteio e ameaças.

A votação do impeachment acumulou uma sena, que pode dar ainda o que falar. Inclusive com reflexo na Paraíba. Após a votação do destaque, que rejeitou a perda dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Roussef por oito anos, inclusive com voto favorável de Raimundo Lira, o senador Zé Maranhão emitiu nota, contestando a decisão: “Um absurdo!”

A bancada da Paraíba, que vinha votando unida ao longo do julgamento de impeachment, dividiu-se no último momento. A divergência ocorreu no PMDB. Os senadores Zé Maranhão e Raimundo Lira votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff. Seus dois votos, além de Cássio Cunha Lima, estavam entre os 61 senadores que aprovaram o impeachment da petista.

Pode-se especular que o impeachment de Dilma Rousseff encerra o ciclo do PT no Brasil. Bem possível. O partido, muito mais que Dilma, sai extremamente avariado. E não apenas por conta do impeachment. Pelo conjunto da obra. Dilma ainda obteve uma vitória final, quando se salvou, pelo menos provisoriamente, da inabilitação de cargos públicos por oito anos.

Numa campanha de tiro curto, como tem sido o pleito de 2016, após a mudança (mais uma) da legislação eleitoral, havia expectativas de que o guia eleitoral seria o elemento decisivo para a sorte das urnas. Afinal, essa tem sido uma eleição atípica em que a pré-campanha foi bem mais longa do que em pleitos passados. E a definição do cenário de disputa ocorreu nessa pré-campanha.

Num dia, os bandidos explodem bancos como ocorreu em Queimadas, noutro invadem escolas e fazem arrastão até da merenda escolar. Casos em Cabedelo. Essa tem sido a rotina de violência na Paraíba. Na noite de ontem (dia 30), nova modalidade, que já nem é novidade: uma quadrilha interceptou um ônibus de estudantes, em São Miguel de Taipu (65 quilômetros de João Pessoa) e promoveu um verdadeiro rapa.

O governador Robinson Farias (RN) repercutiu em seu Instagram postagem do Blog. O governador referiu-se a uma matéria do Blog, publicada dia 26 de agosto, destacando a prisão de uma quadrilha que atuava no assalto a bancos na Paraíba. Os bandidos foram presos pelos policiais militares do Rio Grande do Norte.

Postagem do jornalista Fernando Rodrigues, em seu Blog no portal do UOL, traz que apenas seis prefeitos candidatos à reeleição venceriam as eleições em primeiro, caso o pleito fosse hoje. “Só escolheriam seu prefeito no 2º turno, segundo pesquisas de opinião disponíveis”, diz o jornalista. No caso de João Pessoa, sua opinião se fundamenta em pesquisa Ibope recentemente divulgada.

A Paraíba segue com sua sina de violência em tempos republicanos. Na madrugada desta terça (dia 30), os bandidos voltaram a tocar o terror em Queimadas (146 quilômetros de João Pessoa), quando atiraram várias vezes, por cerca de 50 minutos, com fuzis e metralhadoras para assaltar uma agência bancária na cidade, que tem sido alvo de constantes assaltos nos últimos meses.