Que o Jampa Digital foi um dos maiores e mais rumorosos escândalos da Paraíba não constitui novidade. O caso ganhou repercussão nacional em longa reportagem do programa Fantástico (Rede Globo), e houve o indiciamento de mais de 20 pessoas. Desde então, o Ministério Público Federal encaminhou o processo para o Supremo Tribunal Federal, onde a tramitação passou a ser em sigilo de justiça.
O PSB do governador Ricardo Coutinho e o PPS do vice-prefeito Nonato Bandeira podem até seguir juntos nas eleições deste ano, após a reconciliação política. Mas, provavelmente apenas em João Pessoa e outras poucas cidades. Em Campina Grande, por exemplo, o clima entre os dois partidos é literalmente de vaca desconhecer bezerro.
A direção do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba) deixou de ser uma unanimidade e passou a sofrer pesada oposição de outros sindicalistas, que acusam o Sindicato de ter traído a categoria. Sizenando Leal Cruz, um dos militantes mais ativos do Estado, já abriu fogo: “Os dirigentes do Sindicato são pelegos.”
Não passou despercebido um recente entrevero pesado entre o senador paraibano Lindberg Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (Dem), na Comissão Especial do Impeachment, antes da leitura do parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG). Num determinado momento, Caiado denuncia que o Governo Dilma pode estar apagando dados importantes dos computadores oficiais.
Quem desembarcar na Paraíba e não for devidamente orientado vai imaginar que o candidato a prefeito pelo PSB é o governador Ricardo Coutinho e não a secretária Cida Ramos (Desenvolvimento Humano). Tem partido de RC as críticas mais azedas contra o prefeito Luciano Cartaxo, a quem elegeu como inimigo número 1, depois dele ter sido seu principal cabo eleitoral em 2014. A menos de dois anos…
O governador Ricardo Coutinho pode até fazer cara feia para um eventual Governo Michel Temer, afinal é contra o impeachment da presidente Dilma e tem chamado o vice-presidente de golpista. Mas, seu partido, o PSB, deverá ter até mesmo um ministério, caso Temer assuma a Presidência. E até já indicou o deputado pernambucano Fernando Bezerra Filho para a Integração Nacional.
A Câmara de Cabedelo vai se tornando rapidamente um território de imoralidades. Não bastassem as denúncias de que a Casa pagou mais de R$ 144 mil por uma faxina e gastou em pouco mais de um ano R$ 80 mil apenas com combustível, agora mais outra: o presidente Lucas Santino tem se recusado a realizar as sessões, alegando tumulto nas galerias.
Em meio a todo tsunami dos últimos tempos, a presidente Dilma recebeu algumas notícias que são um pequeno refrigério: O Teori Zavascki (Supremo) não apenas determinou o afastamento do deputado Eduardo Cunha, como isentou a presidente da acusação de envolvimento no escândalo de compra da Refinaria de Pasadena, que resultou num prejuízo colossal à Petrobrás.
Não chega a ser novidade. O governador Ricardo Coutinho tornou-se adepto do “faça o que digo, não faça o que eu faço”. Quando era vereador, deputado e até prefeito, RC fazia críticas furiosas contra o governador de plantão (Roberto Paulino, Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão), cobrando eleições diretas nas escolas da rede pública estadual.
Os estudantes de São Paulo vêm fazendo História. Há alguns meses, após o governador Geraldo Alckimin anunciar fechamento de escolas, eles foram às ruas, mobilizaram o Ministério Público e a Justiça terminou por derrubar a iniciativa do governador, que efetivamente recuou. Nos últimos, eles ocuparam a Assembleia Legislativa para exigir a criação da CPI da Merenda.
