O senador Cássio Cunha Lima confirmou ter recebido doação da Odebrecht: “É preciso dizer o que todo mundo sabe: campanha eleitoral se faz com doação de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, e recebi, sim, uma doação do grupo Odebrecht, que foi devidamente registrado na minha prestação de contas junto à Justiça Eleitoral, cujas contas foram aprovadas pela própria Justiça.”
O ex-senador Cícero Lucena estranhou a citação de seu nome na planilha da Odebrecht, e desmentiu ter recebido doação da empreiteira, como listado, em 2012 e 2014: “Não lembro de nenhuma doação da Odebrecht na campanha de 2012, e quanto 2014 só tenho a estranhar porque nem candidato eu era que que me incluíssem em projeto político.”
Mais uma revelação bombástica da Operação Lava Jato. Durante o cumprimento de um mandato de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou na residência de Benedicto Barbosa Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, uma relação de pagamentos a inúmeros políticos. Há nomes da oposição e do Governo. Há citações inclusive de paraibanos.
A presidente Dilma não tem dúvida. Ela acredita ter mais de 172 (mínimo necessário) para impedir a abertura do processo de impeachment contra seu mandato. A declaração da presidente foi dada esta manhã (quarta, dia 23), no momento em que se intensificam as especulações de que o PMDB deve anunciar o desembarque de seu Governo na próxima segunda-feira.
Daqui a pouco o processo de investigação contra o ex-presidente Lula vai bater recorde de milhagem, depois de tantas idas e vindas na ponte aérea Brasília-Curitiba. Já pode cobrar um cartão fidelidade. Daqui a pouco já pode pedir música no Fantástico… Começou quando a presidente Dilma nomeou o petista ministro-chefe da Casa Civil. Lula, então, ganhou foro privilegiado.
A verdade é que o ex-presidente Lula e a própria presidente Dilma estão enfrentando dificuldades junto ao Supremo Tribunal Federal, onde imaginavam não ter. O próprio Lula chegou a falar em ingratidão daqueles que ele e Dilma nomearam para os tribunais superiores e o Ministério Público Federal, como foi o caso de Rodrigo Janot.
A presidente Dilma revela estar disposta a lutar ferrenhamente para manter seu mandato. Durante pronunciamento na tarde desta terça (dia 22), com alguns juristas, a presidente reafirmou que não irá renunciar, em pese as muitas especulações em torno dessa possibilidade, e ainda mandou um recado: “Tenho certeza que não vai ter golpe.”
Se os números não mentem, então é preciso não brigar com as estatísticas que o Ministério do Planejamento e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicaram nas últimas horas: dentre as 26 capitais e o Distrito Federal, João Pessoa segue como a mais violenta do País, com uma taxa de homicídios que vai 64,1 homicídios por grupo de 100 mil pessoas.
O senador Cássio Cunha Lima decidiu abrir fogo contra o novo ministro Eugênio Aragão (Justiça), que, há poucos dias, ameaçou a Polícia Federal, afirmando que “cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda, cheirou, eu não preciso ter prova, a PF está sob nossa supervisão. Se eu tiver um cheiro de vazamento, eu troco a equipe.”
O deputado Manuel Júnior afirmou que a desfiliação do secretário e deputado licenciado Trócolli Júnior do PMDB foi, a seu ver, um “equívoco”. Segundo Júnior, “todas as bases de Trócolli, que é meu amigo, estão no PMDB, então eu só tenho de lamentar profundamente sua decisão, lamento pelo partido, que perde com sua saída, e lamento especialmente por ele”.
