Apesar da maioria folgada na Câmara Municipal, o prefeito Luciano Cartaxo tem enfrentado trovoadas com sua bancada. Começou com o vereador Bruno Farias (PPS), que ao votar contra projeto de refis encaminhado pelo prefeito, chegou a ser hostilizado por aliados de Cartaxo, e “convidado” a deixar a base, caso se sentisse incomodado. Ele alegou estar há “três meses” esperando por uma audiência.
A CPI do Tesoureiro tem apresentado combustível suficiente para aquecer a disputa política em Campina. Há poucos dias, o engenheiro Roberto Cantalice, sócio da empresa JGR, foi encontrado morto e causou imensa comoção na cidade. JGR, como se sabe, foi uma das empresas alvos da denúncia do ex-tesoureiro Rennan Trajano de Farias.
O deputado Hugo Mota, presidente da CPI da Petrobrás, está novamente na mira da mídia nacional. Reportagem da Folha de São Paulo traz a denúncia de que o parlamentar paraibano pagou em torno de R$ 180 mil, constantes de sua verba de gabinete, para pagar o aluguel de veículos à empresa KMC Locadora, considerada uma empresa inidônea pelo Ministério Público de Pernambuco.
O PT do prefeito Luciano Cartaxo e Charlinton Machado, finalmente, já admitem a possibilidade do PSB do governador Ricardo Coutinho lançar a candidatura do secretário João Azevedo (Infraestrutura) em 2016. Declarações de Charlinton, esta terça (dia 18), revelam a convicção que seu partido terá um candidato do governador pela frente nas eleições do próximo ano.
São cada vez mais evidentes os sinais de fracionamento na bancada do prefeito Luciano Cartaxo, no âmbito da Câmara Municipal. O episódio mais recente foi a sintomática posição do vereador Bruno Farias, com quem o prefeito já tem uma sena acumulada: na sessão desta manhã (terça, dia 18), Bruno votou contra projeto que prevê redução e descontos em pagamento de impostos de até 90%.
A esta altura do campeonato, o PT do prefeito Luciano Cartaxo e Charlinton Machado já têm ciência do tamanho da encrenca que será enfrentar um candidato como o secretário João Azevedo (Infraestrutura), com apoio do governador Ricardo Coutinho. Há uma questão de base que envolve o discurso, já que os dois trafegam praticamente numa mesma raia eleitoral.
O senador Cássio Cunha Lima afirmou, em Brasília, na esteira das manifestações do último domingo (dia 16), que, enquanto a presidente Dilma Rousseff e o PT estiverem à frente do Governo, o Brasil estará condenado a conviver com as dificuldades, sem esperança de superação: “E essa crise tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff.”
O deputado Veneziano enviou mensagem ao Blog, rebatendo informação de que, durante sua gestão como prefeito de Campina Grande, tenha ocorrido suspensão de patrocínio do Governo Federal para o Maior São João do Mundo. Segundo o ex-prefeito, apenas no ano de 2012, houve problemas, mas “por questões ministeriais”.
Veio a jato a resposta da Prefeitura de Campina Grande à denúncia do deputado Veneziano, de que o Ministério do Turismo havia rescindido convênio de apoio ao Maior São João do Mundo por causa de irregularidades. Segundo Catharina Brasil, coordenadora de Turismo, “até o momento, a Prefeitura não recebeu um centavo do Ministério do Turismo”.
O governador Ricardo Coutinho não perde oportunidade para espinafrar seu principal opositor, o senador Cássio Cunha Lima. A comentar a ausência do tucano nas manifestações deste 16 de agosto na Paraíba, Ricardo atirou com calibre grosso, insinuando que ele não compareceu, “porque seria muita coragem estar num ato daqueles”. Com pouca assistência.
