Aliados no plano nacional, é improvável que PT e PMDB marchem juntos em João Pessoa. Há poucos dias, o deputado Manuel Júnior afirmou que a presidente Dilma deveria renunciar ao mandato e evitar um trauma maior ao País, uma vez que, segundo ele, já se revelou incapaz de superar a crise “que só faz aumentar com um escândalo atrás do outro”.

Pelo menos dois vereadores de João Pessoa aconselharam o prefeito Luciano Cartaxo deixar o PT. O primeiro foi Raoni Mendes (PDT), para quem o partido será um complicador a mais em seu projeto de reeleição. A vereadora Raíssa Lacerda (PSD), não apenas aconselhou Cartaxo deixar o PT, mas externou convite para se filiar ao PSD.

“O Brasil está afundando por responsabilidade exclusiva do Governo do PT”, foi o que afirmou o senador Cássio Cunha Lima, ao avaliar a chamada “Agenda Brasil”, que foi apresentada pela presidente Dilma com sugestões do senador Renan Calheiros, presidente da Casa. E afirmou que “a conta dessa crise não deve ser paga pelo cidadão, mas pelo atual Governo”.

Os bandidos decididamente estão mudando a pauta na Paraíba. Eles não respeitam mais policiais, uma vez que, nos últimos tempos, vários deles foram vítimas da ação de criminosos. Eles atacam bancos (mais de 80 assaltos no ano), escolas (mais de 35 escolas atacadas), postos de saúde (vários em todo Estado), afora a quantidade de homicídios, que passa de 850 em sete meses de 2015.

De vez em quando um parlamentar tem um surto e surge com um projeto assim. A causa pode ser falta de inspiração, ou necessidade de bajular. Parece ser o caso do vereador Djanilson Faca Cega. Ora, não faz nem tanto tempo assim, ele surpreendeu a todos, premiando o senador Zé Maranhão com uma colher de pedreiro e o título de “mestre de obras”.

A ex-primeira-dama, Pâmela Bório, decidiu rebater as declarações de Rico (filho do governador Ricardo) Coutinho, em que afirmou que ela tem “rompantes de ódio” e que “a situação já atingiu contornos de loucura”. Pâmela postou em seu Instagram: “Faço uso de suas palavras quando vejo seu pai usar o filho menor como mártir para alimentar seu frenesi de perseguição à genitora”.

Talvez não seja prudente o prefeito Luciano Cartaxo subestimar o que ainda parece um movimento ainda incipiente das oposições em João Pessoa, para disputar a Prefeitura em 2016. Não é todo dia que se consegue reunir lideranças de uma dezena de partidos para discutir uma estratégia eleitoral, com mais de um ano do pleito.

Até estava demorando para o ex-ministro Ciro Gomes, conhecido por sua incontinência verbal, abrir sua caixa de ferramentas, em meio ao vendaval que o País experimenta. Nem mesmo a condição de aliado do Palácio do Planalto levou Ciro a frear a língua ferina. Ele desferiu um ataque pesado à presidente Dilma, ao ex Lula e ao PT.

O senador Zé Maranhão cometeu uma pequena inconfidência, mas algo que toda a praça já sabia: que o governador Ricardo Coutinho “não abre mão de lançar candidato a prefeito de João Pessoa em 2016”. Só que talvez ainda não saiba é prefeito Luciano Cartaxo que, recentemente, ainda admitiu a possibilidade de receber o apoio do PSB de Ricardo.

A informação circulou no meio eclesiástico e foi replicada pela conselheira Laura Berquó (Direitos Humanos). O deputado e Padre Luiz Couto teria sido afastado de suas funções sacerdotais pelo arcebispo Dom Aldo Pagotto. Pelo que circula no meio eclesiástico, este é mais um capítulo na queda de braço entre o Couto e Dom Aldo, que vem de algum tempo.