O deputado Renato Gadelha voltou a bater pesado no secretário Cláudio Lima (Segurança), durante sessão especial realizada na Assembleia, esta quinta-feira (dia 6), para discutir a escalada de violência registrada no Estado: “Este secretário deveria reconhecer a incapacidade de enfrentar os bandidos e se demitir da Segurança Pública.”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu a praça, ao usar sua página no Facebook (nesta quinta, dia 6), para negar ter dito que “nem a melhora da economia salva o PT”. Essa declaração, atribuída ao petista durante uma reunião com deputados estaduais e dirigentes petistas, foi veiculada pelo jornal O Estadão.

Uma das surpresas na lista de assinaturas pela instalação da CPI que apura denúncias do ex-tesoureiro Rennan Trajano de Farias, em Campina Grande, foi o vereador Anderson Maia, que é da bancada do PSB que, pelo menos em tese, é aliada do governador Ricardo Coutinho. Pois, outra surpresa aconteceu nas últimas horas.

Se a CPI da Petrobrás, na Câmara Federal, não vem mais produzindo muitos fatos de peso nos últimos dias, outra comissão vem. A CPI que investiga denúncia do ex-tesoureiro Rennan Trajano de Farias, em Campina Grande, foi instalada e já iniciou com tudo: uma das primeiras iniciativas foi determinar a quebra do sigilo fiscal e telefônico de vários envolvidos no esquema.

Pesquisa do Datafolha, programa do PT, panelaço pelo País. Esses alguns dos ingredientes que dominaram a cena política das últimas horas foi ainda mais apimentada com ofensiva do senador Cássio Cunha Lima, que passou a defender a “imediata realização de eleições” no País, o que pressupõe a renúncia da presidente Dilma Rousseff, num acordo nacional.

Ainda repercute o desabafo do delegado Ariosvaldo Macena que, na noite de quarta-feira (dia 5), foi roubado em plena Festa das Neves. Pior: quando foi requisitar ação de policiais que estavam fazendo segurança da festa, foi informado que não podiam fazer nada. “A ordem era ficar ali de plantão, deveria eu procurar o capitão para que ele autorizasse (a diligencia em campo)”.

Quem foi ver a inauguração do Teatro A Pedra do Reino viu, na verdade, a pedra de toque para a largada da candidatura do secretário João Azevedo (Infraestrutura) a prefeito de João Pessoa. Se não foi apenas teatro, o secretário de fato se expressou como o representante do PSB para disputar o retorno dos girassóis à Prefeitura da Capital.

Tanto barulho por nada. Após toda a pirotecnia protagonizada pelos advogados do governador Ricardo Coutinho, por causa de informações truncadas do Tribunal de Contas do Estado, quanto ao número de nomeados em ano eleitoral, eis que o Tribunal Regional Eleitoral encerrou o assunto. E sem fazer qualquer alarde, já que o assunto realmente não merecia.
O desembargador-relator da matéria, José Aurélio da Cruz, simplesmente determinou o arquivamento do tal “Incidente de Falsidade”, que os advogados do governador haviam impetrado, alegando informações propositalmente falsas fornecidas pelo TCE. O advogado Fábio Brito, o governador e até mesmo seus secretários chegaram a insinuar suspeição do conselheiro Fernando Catão. Assunto encerrado.
Os dados integram a AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), que pede a cassação do governador por abuso de poder, em ano eleitoral, na contratação e demissão de servidores temporários, agora vantagens concedidas a grupo do funcionalismo às vésperas do pleito. Com o desfecho, a ação agora segue normalmente seu curso e o desembargador deve pedir prazo para iniciar o julgamento.
Outra na agulha – Uma vez que esta AIJE prossegue normalmente sua tramitação, outra ação está na agulha: a que trata de denúncias envolvendo o Empreender PB. Na semana passada, como se sabe, o desembargador José Aurélio havia determinado a fusão da AIJE nº 1.802-22 (impetrada por advogados do senador Cássio Cunha Lima) a com a AIJE nº 2.007-51 (do Ministério Público Eleitoral). Há, inclusive, data para oitiva das testemunhas: 21 de agosto, às 11 horas.

O Blog trouxe na noite desta quarta (dia 5), data de aniversário dos 430 de João Pessoa, a ocorrência de quatro assassinatos na região metropolitana. Mas, o Blog errou: não foram quatro pessoas assassinadas. Foram seis. Na manhã desta quinta, os dados levantados pela mídia especializada cruzados com informações da Polícia Militar sinalizam para seis assassinatos.

Nada está tão ruim que não possa piorar. Pelo menos para o Governo Dilma Rousseff. Os números da última pesquisa Datafolha provam isso. Se em levantamento anterior (de 20 de junho), a reprovação da presidente já atingia 65%, agora bate na casa dos 71%. Bem maior do foi Fernando Collor de Mello, no auge da crise que levou ao seu impeachment: 68%.