Nove dias depois, eis que o Tribunal Regional Eleitoral finalmente liberou o protesto, que foi convocado pelo Fórum dos Servidores do Estado, programado para dia 1º de outubro, em defesa do funcionalismo. Como se sabe, o evento havia sido suspenso pela Justiça Eleitoral, atendendo a uma solicitação de advogados do governador Ricardo Coutinho.

Pelo que indicam os números da última pesquisa Ibope, vai ser realmente eletrizante esta disputa de segundo turno entre a presidente Dilma (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo o Ibope, se as eleições fossem hoje, Aécio teria 51% dos votos válidos, contra 49% atribuídos a Dilma. Esse foi o primeiro levantamento realizado após o resultado do primeiro turno.

Foi curioso o argumento utilizado por dois dos principais caciques do PMDB, para justificar o apoio ao governador Ricardo Coutinho. Tanto o senador Vital Filho, quando o eleito Zé Maranhão afirmaram que a adesão seria para fortalecer a reeleição da presidente Dilma. Pode nem ser, mas passou a impressão de ser um apoio envergonhado ao maior algoz do partido nas últimas eleições.

O deputado eleito Rômulo Gouveia (PSD) surpreendeu, na manhã desta quinta (dia 9), ao anunciar sua decisão de romper com a candidatura da presidente Dilma, para apoiar o candidato Aécio Neves. O anúncio ocorre um dia depois da presidente Dilma vir à Paraíba, para receber o apoio do governador Ricardo Coutinho.

A adesão do PMDB ao governador Ricardo Coutinho segue gerando mais defecções. Após anunciar que iria se submeter à decisão do partido, o deputado Raniery Paulino passou a defender, através de sua página no Facebook, “neutralidade do PMDB na Paraíba neste segundo turno”. Durante entrevista, em Guarabira, afirmou que não sentiria confortável votando em Ricardo.

Não foi a primeira vez que o deputado eleito Veneziano passou constrangimentos com o governador Ricardo Coutinho, como o fato de ter sido barrado no evento com a presidente Dilma, na noite desta quarta-feira (dia 8), no Forrock. Em outras oportunidades, Ricardo impôs ao peemedebista igual ou maior humilhação.

A presidente Dilma e o PT parecem ter assimilado os ataques disparados pelo governador Ricardo Coutinho, durante a visita da ex-candidata do PSB, Marina Silva, na Paraíba, dia 13 de setembro. Na noite desta quarta (dia 8), a petista oficializou a adesão de Ricardo à sua candidatura, durante evento realizado no Forrock.

O instituto não é bem conhecido, mas recebeu a chancela da Revista Época. O fato é que o Instituto Paraná foi o primeiro a divulgar números de uma pesquisa, com o final da disputa de primeiro turno, e os dados mostram uma virada surpreendente do candidato Aécio Neves (PSDB), com 54%, contra 46% dos votos válidos atribuídos a Dilma (PT).

Deu o esperado no anuncio do PSB. Desde que assentou a poeira do primeiro tudo, já se sabia que o partido, especialmente Marina Silva, havia decidido apoiar o senador Aécio Neves, no segundo turno. Não foi uma decisão obviamente ideológica. No fim, prevaleceu o espírito de oposição que tomou Marina, nessas eleições. O apoio do PSB não significa que todos os votos obtidos por Marina no primeiro turno serão automaticamente transferidos para o candidato Aécio.

Depois que os deputados Manuel Júnior, Márcio Roberto e Trócolli Júnior anunciaram dissidência com respeito à adesão do PMDB ao governador Ricardo Coutinho, outro deputado decidiu se rebelar: Hugo Mota postou em sua página no Facebook que não irá seguir a decisão de seu partido, e afirma que está impossibilitado de apoiar a reeleição de Ricardo.