No pós-operatório da disputa de primeiro turno, os candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB) seguem, de forma similar, a cartilha de quem precisa somar para vencer a parada na prorrogação. E manda a cartilha de segundo turno, que é uma disputa de tiro curto, que a prioridade do candidato é primeiro manter o que já tinha. E, então, seguir para ampliar a base de apoios e, neste particular, o PMDB torna-se o parceiro mais cobiçado.

O professor Rangel Júnior, reitor da UEPB, postou carta aberta em seu Facebook, na tarde desta segunda-feira (dia 6), em que rebate as críticas feitas pelo Governo do Estado à administração da Universidade, em função da decisão do Conselho Universitário de recomendar a redução no número de vagas, após cortes efetuados pelo governador no orçamento da Instituição para 2015.

Estas eleições de primeiro cuidaram de destacar alguns personagens que, apesar de não terem participado como candidatos, saíram bem na fita. Um deles é o prefeito Luciano Cartaxo. De cara, foi diretamente responsável pela votação de seu irmão, Lucélio, ao Senado. Apesar de estreante, Lucélio ultrapassou o veterano Wilson Santiago, e se consolidou em segundo, com 521.938 votos (29,93%). E ainda viabilizou o governador Ricardo Coutinho no segundo turno, a partir da votação obtida em João Pessoa.

A Polícia Federal foi várias vezes acionada, neste domingo (dia 5), por conta de denúncia de abusos cometidos por mesários ou presidentes de mesa de votação, em favor de candidatos. Um dos casos ocorreu precisamente na Escola Municipal Padre Leonel da Franca, quando uma mesária foi flagrada defendendo o candidato Ricardo Coutinho.
Os policiais acessaram imagens e áudios de seu celular. Confira os áudios…

O senador Vital Filho é o caso típico de quem perde ganhando. O contingente de apenas 5,22% (106.162 votos) do eleitorado é um número ilusório. Não reflete a expressão real de sua candidatura e a força do PMDB no Estado. Vital entrou tarde na disputa, e já encontrou o quadro eleitoral patologicamente polarizado entre os candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB). Mas, foi graças à sua decisão de ser candidato, que o PMDB pode eleger um senador e sete deputados…

Veneziano pode ter carimbado o passaporte para voltar a disputa a Prefeitura de Campina Grande, em 2016, após a eleição maiúscula para a Câmara Federal, sendo o mais votado da cidade e o segundo do Estado, atrás apenas de Pedro Cunha Lima. Com 177.680 votos, o Cabeludo ganha a condição de retornar às ruas na disputa municipal.

O ex-governador Zé Maranhão é provavelmente o maior vitorioso destas eleições. Por várias razões. Primeiro que, após duas amargas derrotas (em 2010 na disputa ao Governo e, em 2012, à Prefeitura), era tido como superado para disputar novos pleitos. Depois, porque chegou a enfrentar graves problemas internos na família, ao anunciar que seria candidato a deputado federal. Maranhão só decidiu disputar o Senado na undécima hora…

Nas eleições deste ano, apenas 21 dos 36 deputados estaduais receberam o brevê para continuar na Assembleia Legislativa e foram reeleitos. Outros 15 não passaram no Enem das urnas. O que mostra uma renovação de aproximadamente 42% dos parlamentares. Um recado que certamente será motivo de reflexão na Casa. Dos 36 eleitos, o governador Ricardo Coutinho teria 12 deputados.

Há apenas três estreantes eleitos para a Câmara Federal nas eleições deste ano: Pedro Cunha Lima que, pelo menos em tese, entra na vaga de Ruy Carneiro (candidato a vice de Cássio Cunha Lima), Veneziano, que “herda” a vaga de sua mãe, a deputada Nilda Gondim, e Rômulo Gouveia, que entraria no lugar de Leonardo Gadelha (candidato a vice-presidente). A coligação do candidato Cássio Cunha Lima fez seis deputados, o PMDB manteve três, e o governador RC emplacou a reeleição de mais três…