Nem tudo são flores na aliança do PT com o PSB. Há poucos dias, o governador Ricardo Coutinho convocou vereadores alinhados politicamente ao prefeito Luciano Cartaxo para uma reunião na Granja Santana. Apenas doze...

O vice-presidente Michel Temer desembarcou em João Pessoa e não perdeu tempo. Em suas primeiras declarações, fez questão de frisar a importância da candidatura do senador Vital Filho e, especialmente, a aliança com o...

Ásperos tempos esses. Em menos de uma semana perdemos três das nossas melhores referências literárias, Rubem Alves, João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, dentre eles talvez o maior de todos. Também o mais contestado,...

As seis coligações majoritárias que disputam as eleições deste ano começam a fazer suas contas em relação ao número de parlamentares que terão condições de eleger. Os números são projetados a partir das bancadas dos partidos que compõem as alianças registradas. Assim, a aliança liderada pelo PSDB do senador Cássio Cunha Lima prevê eleger em torno de 20 deputados estaduais.

A coligação encabeçada por Cássio é integrada por PSDB (uma deputada), PEN (cinco), PR (um), PTB (um), PSD (dois), PP (uma), PRB (um), PSC (quatro), PPS (um), PTN (um), PMN, PTdoB, PSDC e SDD. Ou seja, a bancada tem atualmente 18 deputados, mas a amplidão da aliança sinaliza para a eleição de mais dois ou até mesmo três deputados.

Confira as demais coligações…

O senador Vital Filho acertou, durante recente reunião em São Paulo, a integração da presidente Dilma, do ex Lula e da cúpula do PMDB em sua campanha ao Governo da Paraíba. Segundo Vital, a vinda do vice-presidente Michel Temer à Paraíba, nesta quinta-feira (dia 24), já faz parte dessa estratégia, “para estabelecermos uma unidade de ação na campanha”.

“Há um compromisso da presidente Dilma e do presidente Lula no sentido, precisamente, de mantermos a integração da aliança em torno da reeleição da presidente, e da nossa campanha ao Governo na Paraíba, e o vice-presidente Michel Temer vem chancelar esses entendimentos, que compreenderão ainda um esforço para estabelecermos uma estrutura da campanha conjunta”, acrescentou o senador.

A prevaricação política (trairagem, no popular) não é incomum em campanhas eleitorais na Paraíba. Mas, nestas eleições, o que era uma exceção, tem se transformado numa regra. Pelo que se tem observado até agora, vai ser praticamente impossível um candidato ao Governo, por exemplo, ter o voto da maioria dos militantes de partidos que compõem sua aliança.

Tem gente do PSDB de Cássio Cunha Lima votando em Ricardo Coutinho. Tem lideranças do PSB do governador votando em Cássio. No PT, então, o que reina é o caos. Com a indefinição da Justiça sobre com quem o partido ficará, têm petistas votando em Ricardo, outros emplacando Vital Filho, e alguns deles até sufragando o tucano Cássio. E tudo parece normal.

Manda a cartilha política que não se deve brigar com números. Tipo: a Câmara de João Pessoa tem 27 vereadores, o prefeito Luciano Cartaxo tem a maioria esmagadora deles, mas… apenas doze bateram o ponto na reunião convocada pelo governador Ricardo Coutinho, na Granja Santana, para debaterem uma parceria nas urnas deste ano…

E olha que, dos onze, quatro são suplentes no exercício. Detalhe: sequer o líder do prefeito, o vereador Marco Antônio, compareceu. Talvez por isso mesmo, o governador tenha saído tão apressado do encontro, o que deixou alguns parlamentares aborrecidos. Um deles chegou a revelar para o Blog que só foi “em respeito ao prefeito Luciano Cartaxo”.

O ex-senador Efraim Morais segue em sua expiação, pela sua passagem pela 1ª Secretaria do Senado. O Ministério Público Federal no Distrito Federal acaba de pedir à Justiça a abertura de uma ação penal pública contra ele, o ex-diretor do Senado José Alexandre Lima Gazineo e cinco empresários. A informação está no jornal O Globo.

Eles são acusados pelo MPF de realizarem contratações sem licitação no Senado, entre 2006 e 2008 (quando Efraim era 1º Secretário da Casa). A irregularidade resultou, segundo as investigações, na contratação de empresas da área de comunicação para serviços de clipagem eletrônica e divulgação institucional do Senado na Internet.

O governador Ricardo Coutinho voltou a exercitar sua artilharia contra o senador Cássio Cunha Lima, especialmente para propor um comparativo de obras entre seu Governo e o de Cássio. E fez questão de alfinetar o tucano: “Esse Governo age diferente de quem ficava na mídia saltitando e comemorando até pintura de meio fio.”

O candidato do PSB também rebateu críticas do senador sobre o fechamento de mais de 200 escolas na Paraíba: “O que nosso Governo acabou foram situações como a de Brejo do Cruz, onde uma escola tinha apenas um aluno: o marido da professora. Em Barra de Santana, a escola estava fechada havia dois anos e mesmo assim tinha 22 funcionários. O que eu tive foi algo que ele (Cássio) não teve: a coragem de proteger o dinheiro do povo.”

Sempre antenado com o xadrez da política estadual, o professor Jônatas Frazão faz uma análise interessante sobre esse contemporâneo da campanha, que, pelo menos até o momento, tem se apresentado morna, mas poderá surpreender. Para o analista, o senador Vital Filho pode surpreender num cenário de polarização entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima.

Frazão lembra que o tucano foi o que melhor entrou no processo eleitoral, com várias adesões. Fala que o governador iniciou a maratona eleitoral enfraquecido pelos muitos apoios que perdeu. Mas, Vital, segundo ele, Vital “entrou na disputa sem o desgaste da pré-campanha, absorvido em sua totalidade pelo irmão, Veneziano”, e ainda pode receber o PT como aliado de peso.

Confira o comentário na íntegra, sob o título “Cuidado! Não subestimem Vital…”