O senador Vital revelou que aceitou o desafio de ser candidato a governador, “nessa aliança entre PMDB e PT, após ter mantido entendimentos com os principais líderes nacionais do PMDB, como o senador Valdir Raupp e o vice-presidente Michel Temer, e especialmente estimulado pela presidente Dilma, e ex-presidente Lula e o presidente do PT, Rui Falcão”.

Segundo Vital, também recebeu incentivo de ministros como Aloísio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), com quem esteve nos últimos dias. “Assim, conquistamos apoios rapidamente, tanto aqui na Paraíba como em nível nacional, no meu partido, o PMDB e no nosso parceiro PT”, assegurou o senador peemedebista.

O Hospital de Trauma segue realmente um trauma para as pessoas que mais precisam. O Blog obteve imagens da acompanhante de um paciente que, na noite de sábado, e ficou revoltada com o que presenciou nos corredores do hospital. A superlotação é o mínimo. Há pacientes deitados até no chão, por falta de macas.

A acompanhante revoltada decidiu realizar uma filmagem com o seu celular. Apesar da imagem não apresentar uma imagem em alta resolução, é possível distinguir a situação em que se encontrava o hospital na noite de sábado. Cenário que, segundo funcionários (que não quiseram se identificar), tem sido comum em “quase todos os dias”.

O prefeito Luciano Cartaxo decidiu se precaver para evitar problemas num campanha que já inicia com essa pendenga, envolvendo o seu partido, o PT, e mais o PSB do governador Ricardo Coutinho e o PMDB do senador Vital Filho. Previdente, Cartaxo lançou na manhã desta segunda (dia 7), uma cartilha com orientações para os servidores.

Segundo Cartaxo, a iniciativa visa coibir atos dos servidores que possam transgredir a legislação eleitoral e resultar em problemas para sua administração, especialmente por que seu irmão Lucélio foi homologado pelo PT estadual como candidato a senador na chapa do PSB de Ricardo Coutinho. “Nosso foco tem que ser na gestão”, avisou o prefeito.

O ex-secretário Lúcio Flávio (Casa Civil) voltou a usar o seu Facebook, para criticar a aliança com o governador Ricardo Coutinho celebrou com o prefeito Luciano Cartaxo. Para o ex-militante girassol, “Ricardo Coutinho, baseado no pragmatismo, tenta recuperar terreno em João Pessoa e acredita que a prefeitura da capital pode propiciar essa manobra”.

Segundo Lúcio Flávio, que obviamente conhece a intimidade do núcleo ricardista, pelo tempo em que privou da intimidade do poder com o governador, Ricardo Coutinho corre o risco de sofrer prejuízo total, caso o TSE opte pela aliança do PT com o PMDB: “A manobra de aproximação entre Ricardo Coutinho e Luciano Cartaxo terá sido inócua…”

O advogado Roosevelt Vita afirmou ao Blog que o PMDB fez sua parte, ao realizar suas convenções no prazo e homologar a aliança com o PT, e que a direção nacional petista fez a sua ao protocolar a comunicação junto ao TRE. Vita lembrou que um caso similar ocorreu no Distrito Federal, e a decisão do TSE foi favorável ao que determinou a direção nacional do PPS.

“O TSE tem um entendimento claro, em caso similar ao que está ocorrendo na Paraíba, que é favorável à instância nacional”, adiantou. Há poucos dias, o ministro Dias Toffoli vetou a deputada distrital Eliana Pedrosa, do PPS, como vice na chapa do ex-governador José Eduardo Arruda, do PR, “por se confrontar com uma decisão da direção nacional do seu partido, que era contra essa aliança”.

A direção estadual do PT decidiu não deixar por menos. Segundo o presidente Charlinton Machado, os advogados do partido estão preparando um recurso contra a comunicação que a nacional protocolou junto ao TRE, determinando aliança com o PMDB: “Nós estamos tranquilos, porque agimos dentro do que prevê nossos estatutos.”

Ainda conforme explicou Charlinton, “no devido momento nossos advogados vão protocolar o recurso, para manter a aliança com o PSB e o apoio ao governador Ricardo Coutinho e ao companheiro Lucélio Cartaxo, para o Senado”. Charlinton se refere à vinda, último sábado, do advogado Fernando Hughes Filho, enviado pela direção nacional.

Esse domingo, dia 6, é data simbólica para a largada das eleições deste ano. Um a vez encerrado o período das convenções e registro de candidaturas, a temporada da campanha de caça ao voto está oficialmente aberta. Os candidatos já podem, a partir deste domingo, podem realizar comícios, fixar propaganda em locais públicos e pedir votos na Internet.

Na Paraíba, há uma particularidade, no entanto. Em função do imbróglio envolvendo o PT, PMDB e PSB, quem está realmente desembaraçado para a campanha é o senador Cássio Cunha Lima, que lidera a aliança encabeçada pelo PSDB, além dos candidatos do PROS (Major Fábio), PSTU (Antônio Radical) e PSOL (Tácio Teixeira).

Com a abertura oficial do prazo para início de campanha, os candidatos a governador (e vice), senador e deputado poderão iniciar sua ações eleitorais visando as urnas de 5 de outubro. As regras da campanha estão previstas em resoluções do TSE e na Lei Eleitoral nº 9.504. Confira o que os candidatos podem e não podem fazer a partir desde domingo.

Na Internet – Os candidatos poderão criar páginas na Internet, desde que comuniquem o endereço eletrônico à Justiça Eleitoral. A lei, no entanto, proíbe veiculação de propaganda, paga ou gratuita, em sites de empresas privadas e estatais ou de entidades sem fins lucrativos, além dos portais de órgãos públicos municipais, estaduais ou federais.

Numa hora, o Tribunal Regional Eleitoral recebeu o pedido de registro da aliança do PT com o PSB do governador Ricardo Coutinho, protocolando ainda a candidatura de Lucélio Cartaxo a senador. Mas, horas antes, eis que a direção nacional do PT já havia protocolado idêntico pedido, só que pela aliança com o PMDB, no apoio à candidatura do senador Vital Filho.

E afinal, com quem o PT vai ficar? O presidente do PT, Charlinton Machado, sustenta que os atos da convenção que homologou a aliança com o PSB foram de “plena legalidade” e tiveram monitoramento da direção nacional. Mas, suas declarações parecem se confrontar com a iniciativa da nacional enviar o advogado Fernando Hughes Filho para que a coligação fosse celebrada com o PMDB.

O jogo vai ficando bruto na relação entre PMDB e PT. É um processo que sinaliza para a judicialização, elevando ainda mais temperatura entre peemedebistas e petistas. Talvez não seja igual ao que ocorreu na eleição de 2012 em Campina Grande, mas certamente os estremecimentos terão efeitos similares, com consequências imprevisíveis para a sequência da política no Estado.

Até onde a vista alcança, todas as partes erraram, em maior ou menor grau. O PT nacional errou ao prometer aliança em torno da candidatura do senador Vital Filho. Até resolução editou, depois ficou hesitante, admitindo composição com o governador Ricardo Coutinho, sob o argumento subjetivo e inocente dele ficar neutro na disputa presidencial.