Antes de anunciar viagem a China, o senador Cícero Lucena postou em seu Facebook, uma mensagem de cobrança ao seu partido, o PSDB: “Ainda espero o presidente (deputado Ruy Carneiro) tornar público o “recado” que me enviou por terceiro.” Pois Ruy distribuiu, na noite desta terça, nota em que nega ter enviado “recado” a Cícero.

“Não sou pessoa de mandar recados. Sou muito direto. Considero Cícero Lucena um quadro importante do nosso partido, e como tal, sempre será tratado. Não entendi a cobrança, mas asseguro que não lhe mandei nenhum recado, seja sobre chapa majoritária do partido, seja sobre qualquer outra questão relativa às eleições”, afiançou o deputado.

A votação das contas do Governo do Estado voltou a ser mote na pendenga entre Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima. Aborrecido com as indagações sobre a possibilidade de serem reprovadas, o governador RC abriu as baterias contra o senador Cássio: “Será que as contas do ex-governador (Cássio) aguentam meia hora de debate?”

Ricardo foi ainda mais incisivo, ao afirmar que, enquanto suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado pelo placar de seis a um, as “dele foram aprovadas por cinco a quatro”. E emendou, afirmando que no comparativo entre os dois governos (dele e de Cássio), todos os indicadores de sua gestão foram bem melhores.

No popular, poderíamos dizer: Cícero pegou ar. Pelo menos foi o que senador Cícero Lucena deixou transparecer em sua última mensagem postada, esta terça-feira (dia 29) em sua página no Facebook. O senador se revela claramente incomodado com a rejeição do seu partido, o PSDB, ao seu projeto de reeleição.

Eis o que Lucena publicou: “A decisão de candidatura ao Senado e ao Governo não cabe à Executiva Nacional, como diz o presidente do meu partido na Paraíba (deputado Ruy Carneiro), e sim a um pequeno grupo local. Ainda espero o presidente tornar público o “recado” que me enviou por terceiro.” Esse recado, inclusive, é mistério.

Cerca de 20 deputados (de um total de 36) da bancada do PR na Câmara Federal, entre os quais o paraibano Wellington Roberto, assinaram um manifesto, em que pedem a volta de Lula para disputar a Presidência da República, no lugar de Dilma Roussef. No manifesto, os deputados dizem que o País precisa de nova condução.

No manifesto, os deputados afirmam: “Entendemos que o momento de crise, dentro e fora do País, reivindica a força de uma liderança política com a experiência e o brilho de Luiz Inácio Lula da Silva, no comando da nação brasileira novamente.” Mas, juram que o manifesto não significa rompimento com a presidente Dilma.

Entre reunião, sai reunião, e o PT segue na mesma cantilena. Retira a candidatura própria ao Governo do Estado (Nadja Palitot), sinaliza compor aliança com o PMDB, mas não define sua participação na chapa do ex-prefeito Veneziano. Há sempre um detalhe que adia indefinidamente sua decisão, como ocorreu de novo nesta segunda (dia 28).

Há um claro fastio do partido em compor com o PMDB. E não apenas pelas calientes declarações do deputado Anísio Maia. É notória a má vontade de alguns setores petistas com essa composição. O que não deixa de ser uma curiosidade. Ora, o partido desiste de disputar o Governo, renega aliança com PSB e PSDB, mas mantém o PMDB na meia embreagem.

A esta altura do campeonato, ninguém após mais um tostão na candidatura de Cícero Lucena ao Senado, na chapa de Cássio Cunha Lima. Cássio já deu eloquentes sinais de que deseja ter outro companheiro em sua chapa. Mas, Cícero segue insistindo. Agora mesmo, na esteira das pesquisas, ele insiste em afirmar que tem mais intenção de votos do que Wilson Santiago na disputa ao Senado.

E não apenas Santiago, mas também o deputado Aguinaldo Ribeiro, que também chegou a se insinuar para uma eventual composição com o tucano. E, de fato, Cícero tem pontuado bem a frente deles. Só perde, na verdade, para o ex-governador Zé Maranhão. Então, por que Cássio prefere Santiago a Cícero em sua chapa? É a pergunta que ele tem feito, antes que os próprios jornalistas façam.

O juiz Gutemberg Cardoso Pereira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, decidiu dar um prazo de cinco dias à direção da Cagepa, para que apresente suas justificativas para ter reajustado o contrato com a empresa Mixcred Administradora. O contrato que, inicialmente, foi assinado por R$ 20.283.225,78, em 2012, mas foi aditado para R$ 41.350.633,19.

Após a divulgação do contrato em Diário Oficial, no último dia 4, e veiculação no Blog, o defensor José Espínola da Costa decidiu acionar a empresa na Justiça: “A Cagepa reajustou os contatos acima dos valores permitidos pela Lei das Licitações (nº 8.666), além do mais teria que haver outra licitação, porque o serviço prestado não é essencial de caráter continuado, conforme entendimento do TCU”.

O deputado Hervázio Bezerra, que está reassumindo a liderança do Governo Ricardo Coutinho, tem a grande chance de fazer uma justiça histórica: pedir a abertura de uma comissão especial para apurar todos os crimes cometidos pelos portugueses quando descobriram o Brasil, apropriaram-se das nossas riquezas e não prestaram contas.

Pelo menos devia tentar, já que retorna à liderança de RC, com o intuito de reabrir debate sobre as contas dos ex-governadores Cássio Cunha Lima e Zé Maranhão. Já que é pra rediscutir o passado, que vá até as capitanias hereditárias também. Ora, querer justificar os erros nas contas do atual Governo, pelos que outros eventualmente cometeram no passado chega a ser hilário.

Muito interessante o comentário do poeta Ed Porto sobre declarações do secretário Chico César (Cultura), sobre o atraso na entrega de obras na área de Cultura, como o Teatro Santa Roza e o Espaço Cultural. Em entrevista à Imprensa, o secretário culpou os pedreiros pelo atraso nas obras e admitiu que este ano não será promovido o Fenart.

“Nem o secretário de Infraestrutura do Estado seria capaz de um esclarecimento tão perfeito”, ironiza o poeta, no Facebook. O secretário garante, no entanto, que as obras serão entregues até o mês de julho. O que gera nova ironia: “Esqueçam os inúmeros prazos alardeados pelos da trupe governista. Há um novo e inadiável prazo, vindo da boca de uma “autoridade”.

Confira o comentário de Ed Porto, “Pedreiros do mundo todo, uni-vos!”, na íntegra

Os sindicatos que atendem ao Porto de Cabedelo estão em pé de guerra. Há poucos dias, eles emitiram uma nota de repúdio ao governador Ricardo Coutinho pelo fato de “até a presente data” não ter demitido o presidente das Docas da Paraíba, Wilbur Jácome. Como se sabe, ele entregou o cargo após ser flagrado tratando a presidente Dilma com palavrões.

Na nota distribuída à Imprensa, os sindicalistas solicitam “esclarecimentos do senhor governador do Estado, quais as medidas relacionadas à substituição e o preenchimento do cargo de presidente da Companhia Docas da Paraíba?” E insistem que Wilbur, apesar de ter entregado o cargo, não foi oficialmente demitido pelo governador Ricardo Coutinho.