Quatro vereadores podem deixar a Câmara de João Pessoa para assumir postos na gestão do prefeito Luciano Cartaxo. É uma bancada inteira. Helton René (PP) é cotado para assumir o Procon Municipal, que deverá ser transformado em secretaria. Marcos Vinicius (PSDB) tem sido especulado para a Secretaria de Comunicação Social.

Bruno Faria (PPS) é outro parlamentar cotado para assumir cargo na Prefeitura. Seria, provavelmente, a Secretaria de Turismo, enquanto João Almeida (SDD) tem sido especulado para ocupar a Sedurb. Caso as especulações se confirmem, a Câmara Municipal deverá mudar substancialmente a sua geografia política, ao convocar os suplentes.

O senador Renan Calheiros defendeu, nesta sexta (dia 11), que a CPI ampla que está sendo instalada no Congresso estenda suas investigações para o Ministério da Ciência e Tecnologia e sua relação com a empresa Ideia Digital que, segundo ele, “faz marketing político e campanhas eleitorais para o PSB”. A Ideia Digital, como se sabe, é a empresa do escândalo do Jampa Digital.

Segundo Renan, “houve corrupção com dinheiro público no Ministério da Ciência e Tecnologia que pagou inclusive marqueteiros nas campanhas eleitorais”. A CPI inicialmente proposta no Senado seria para apurar o escândalo da Petrobrás, mas os governistas conseguiram abrir o leque para investigar também as obras do Metrô de São Paulo e o Porto de Suape.

Será que vaga de senador numa chapa majoritária vale mesmo R$ 10 milhões, R$ 15 milhões ou até R$ 30 milhões? Esse valor equivale a um prêmio da mega sena. No entanto, é isso que se comenta nos bastidores. Haveria determinados postulantes à senatoria oferecendo uma fortuna desse tamanho para compor uma chapa para a disputa de outubro.

Claro que ninguém faz uma proposta dessas por escrito. Mas, este tipo de conversa termina vazando, por variadas razões, e não deixa de ser assombroso que alguém tenha essa montanha de dinheiro à disposição pra gastar em eleição. Depois, que se disponha a arriscar numa disputa. Afinal, como se sabe, estar numa chapa majoritária de peso nem sempre garante sucesso nas urnas.

Impressionante o que tem ocorrido na Paraíba nesses tempos republicanos. Foi obrigado a Justiça e o Ministério Público convocarem um termo de ajustamento, para que o Governo Ricardo Coutinho se dispusesse a fazer o básico: cumprir a lei e contratar os concursados da Polícia Civil que, desde 2008, esperam que se faça Justiça no Estado.

E, certamente, não fosse a força tarefa da Justiça e do Ministério Público, o governador seguiria com sua surrada cantilena de que o Estado não tem condições de contratar. Apesar de ter demitido milhares de cargos comissionados indicados por supostos aliados, para logo em seguida nomear os… seus aliados. Conforme ele mesmo admitiu.

O Diário Oficial do Estado segue produzindo algumas surpresas. Uma das últimas é uma preciosidade em termos de contratos da Cagepa. Conforme publicado na edição de 9 de abril de 2014 (página 31), a empresa aditivou em mais de 100% um contrato de prestação de serviços com a empresa Maranata, bem conhecida na praça.

O contrato (de nº 0059/2012), celebrado há dois anos entre a Maranata e a Cagepa sob gestão girassol e tinha originalmente o valor de R$ 3.775.249,92. Pois esse mesmo contrato saltou para incríveis R$ 7.978.963,32 (mais do dobro), após o presidente Deusdete Queiroga assinar um termo aditivo no calor de R$ 4.582.898,52.

Há um novo cisma dentro da Polícia Militar, após o Comando instaurar sindicância (portaria nº 0068/2014) contra o coronel Jarlon Cabral, por ter visitado no xadrez da corporação o cabo Ridears, preso e caso de embriaguez. Segundo o coronel Jarlon, a “prisão ocorreu mediante um flagrante sem provas, e ele foi colocado num xadrez desumano”.

Logo que o Comando tomou conhecimento da visita do coronel ao cabo decidiu instaurar a sindicância. Jarlon reagiu, contestando os termos da portaria e os fatos que são narrados como argumento para a abertura do procedimento disciplinar contra ele: “A portaria já é tendenciosa para me punir. Absurdo. Não vão me calar. Os fatos não foram assim, é perseguição!”

É possível que o ex-deputado João Fernandes já cogite arrependimento por ter pulado do ninho tucano diretamente para o barco dos girassóis. Logo que deixou o PSDB e se filiou ao PSB, no ano passado, João foi aquinhoado pelo governador Ricardo Coutinho com a prestigiosa Diretoria Administrativa e Financeira da Cinep.

É que, há poucos dias, ficou sem seus “braços”, após a exoneração de seu motorista e de sua secretária. Pelo que corre nos bastidores da companhia, João não foi informado da degola patrocinada pela presidente Tatiana Domiciano. O clima ficou carregado na Cinep, depois que João resolveu levar a “desfeita” ao conhecimento do governador.

O senador Cícero Lucena abriu fogo em duas direções. Uma contra o governador Ricardo Coutinho, o que não constitui novidade. Outra, no entanto, vai na direção do senador Cássio Cunha Lima, o que é uma surpresa. Cícero cobra reciprocidade de Cássio, para manter sua indicação ao Senado, uma vez que já foi sacrificado por ele em 2010, quando foi impedido de ser candidato a governador.

Cícero mostra-se desconfortável com os entendimentos entre Cássio e o ex-senador Wilson Santiago, pela vaga de senador: “Eu sempre estive ao lado de Cássio, a exceção de 2010, quando ele apoiou Ricardo Coutinho, e eu não tinha como apoiar quem massacra a população. Então, nada mais justo do que cobrar reciprocidade do senador Cássio. E Santiago está se oferecendo para qualquer um.”

Quem disse que só há problemas com a bancada do governador Ricardo Coutinho que, nos últimos dias, foi desidratada em nada menos do que seis deputados? Há pendenga também na bancada de oposição. Pelo menos a julgar pela carta distribuída, hoje com a Imprensa, pelo deputado Anísio Maia, justificando sua saída da liderança da oposição na Assembleia.

Anísio se diz boicotado por alguns deputados que, em determinado momento, chegaram a negociar com o governador Ricardo Coutinho a votação de algumas matérias na Casa, apesar de serem, pelo menos em tese, da bancada de oposição. Diz Anísio: “Toda posição política firme tem um preço, e se o preço pela minha permanência na liderança da oposição é me calar, podem procurar outro.”

A bancada do governador Ricardo Coutinho segue emagrecendo na Assembleia Legislativa. Na manhã desta quarta-feira (dia 09) foi a vez do deputado Domiciano Cabral, do Dem, formalizar seu afastamento da base governista para apoiar ao senador Cássio Cunha Lima. É o sexto desfalque do governador, desde o rompimento do senador tucano.

Após o rompimento, deixaram a bancada de RC os deputados Carlos Dunga (PTB), Iraê Lucena (PSDB), Léa Toscano (PSB), Branco Mendes (PEN), Edmilson Soares (PEN) e, agora, Domiciano. Cabral vinha insatisfeito diante da indefinição do seu partido. Havia uma reunião, marcada para hoje, quando se deliberaria sobre apoio ou não a RC…