A Paraíba tem testemunhado vários abusos contra jornalistas. O mais recente deles é, como certeza, a atitude da diretoria do Botafogo de impedir jornalistas do portal Wscom de cobrirem os trabalhos do time. O campeão brasileiro da séria D dá um péssimo exemplo. Aliás, é uma lira desafinada no concerto do futebol da Paraíba tão bem sucedido este ano.

O Blog publica um artigo do jornalista Walter Santos, em que ele pontua o comportamento de diretores do Botafogo, especialmente o ex-vereador Nelson Lira, a quem se refere como “ardiloso, interesseiro e falso”. Tudo porque, segundo o jornalista, foi denunciado que ele colocou o clube “a serviço do governador do Estado”.

Apesar de inaugurado duas vezes, o Aeroporto de Cajazeiras nunca funcionou e, agora, corre o risco de nunca vir a operar. É o que antigo proprietário da área (15 hectares) decidiu promover uma reintegração de posse, após cobrar do governador Ricardo Coutinho a homologação para inicio do seu funcionamento: “Ele e mais outras pessoas trabalham contra Cajazeiras.”

O médico José Maria Moreira insiste: “Ele e tem mais outras pessoas, provavelmente algum deputado, que estão trabalhando contra a cidade, pois devem ter interesse de levar o aeroporto para outro município”. O Aeroporto Pedro Vieira Moreira teve a pista de pouso e decolagem inaugurada pelo ex-governador José Maranhão, em 28 de dezembro de 2010…

Coube ao deputado Carlos Dunga causar abalos sísmicos no Palácio da Redenção, depois, é claro, do PT lançar a candidatura de Nadja Palitot. Dunga voltou a defender a aliança do PSB com o PSDB, mas surpreendeu (e muito) ao sugerir a possibilidade de mudar a chapa: o senador Cássio Cunha Lima como candidato a governador e Ricardo Coutinho, a senador.

O deputado propõe que seja realizada uma consulta popular “pra saber quem seria o melhor candidato”. E pra não deixar dúvidas, Dunga revelou já ter, inclusive, levado sua proposta ao conhecimento de Cássio e RC: “É importante que essa aliança vitoriosa seja mantida, mas, se for necessário, que se mude o candidato, porque não podemos é perder para a oposição.”

Frustração. Esse foi o sentimento do deputado Frei Anastácio, após o conselheiro Umberto Porto, do TCE, recusar-se a comparecer à Assembleia, para debater sobre as contas de 2011 do governador Ricardo Coutinho. O convite foi feito pelo deputado, que é integrante da Comissão de Orçamento e está analisando as contas para levar a plenário.

Porto alegou que sua análise sobre o assunto já havia sido feita no julgamento e acrescentou que não deveria emitir juízo de valor sobre matéria julgada pelo TCE. O conselheiro, como se sabe, votou pela desaprovação das contas. Anastácio insistiu que sua presença seria importante pra debater aspectos “obscuros” das contas aprovadas pelo TCE.

Nem Anísio Maia, nem Lucélio Cartaxo. Deu Nadja Palitot. O PT talvez não encontrasse melhor nome para apresentar. Combativa, eloquente e, especialmente, contraponto ao governador Ricardo Coutinho, Nadja entra na disputa com disposição. Mais amadurecida após tantos embates, ela pode ser diferencial importante que o partido precisa para não ser apenas figurante.

Além do mais, Nadja terá a grande oportunidade de resgatar uma trajetória política, que se iniciou avassaladora e, na sequência, terminou minguando (apesar de todo o potencial), talvez em decorrência de alguns erros de escolha. Dentro dos quadros do PT, dificilmente se encontraria um candidato com seus atributos e sua combatividade.

Nem bem se concluiu o processo de votação das contas de 2011 do governador Ricardo Coutinho, afinal falta ainda a chancela da Assembleia, e o Tribunal de Contas do Estado já vai votar 2012. A corte decidiu se reunir, de forma extraordinária, na próxima quinta-feira (19) para examinar as contas do governador relativas ao ano passado.

Desde vez, diferente de 2011, as contas terão como relator o conselheiro Artur Cunha Lima. As do ano anterior, como se sabe, tinham como relator o conselheiro Umberto Porto, que foi pela desaprovação, seguindo os auditores. E desta vez, o TCE se cercou de muitos cuidados para que o relatório dos auditores não chegasse antes ao conhecimento da Imprensa.

Comovente o desabafo do policial civil Júlio César Cruz, que foi postado numa rede social (Facebook), sobre a escalada de violência no Estado, que deixa “a população totalmente amedrontada”. Júlio lembra que a culpa não é dos policiais civis. O problema, segundo o policial, é que o “Governo do Estado está investindo pouco em segurança”.

Outro problema seria a falta de efetivo na corporação: “A Polícia Civil conta com 979 policiais para o Estado.” E confessa que, apesar de ser policial, “não vai mais nas casas lotéricas pagar suas contas, evita lugares que possam ser alvo de arrastões, não faço mais caminhada como de rotina…” Esse é um testemunho de um policial. Imagine o que sente o cidadão comum.

Em meio aos números crescentes de violência, uma informação publicada pela revista Exame surpreende: segundo pesquisa realizada no País, os policiais civis e militares são os que melhor tratam as pessoas que procuram ajuda. O Estado lidera o ranking nacional com 65,5% de bom atendimento, conforme dados do Ministério da Justiça.

Diz a reportagem: “É preciso ressaltar que a aprovação em muitos casos está mais ligada à cordialidade dos policiais (23,2%) do que à resolução efetiva dos casos por meio da recuperação de bens (5,7%) ou porque os criminosos foram presos (3,7%).” Ou seja, apesar da onda de violência no Estado, os nossos policiais agem com decência no atendimento ao cidadão.

Mais um número para entrar no preocupante quadro de segurança pública da Paraíba. De janeiro a novembro deste ano, os assaltos e explosões a bancos cresceram 138,4%, quando comparado a igual período no ano passado. Os dados foram levantados e divulgados, esta segunda-feira (dia 9) pelo Sindicato dos Bancários.

Ao todo, foram 124 ataques em 2013, contra apenas 52 em 2012. Ainda de acordo com levantamento, as tentativas de assaltos/arrombamento/ explosões, juntas, aumentarem 433,3%. Em seguida, vêm os arrombamentos, com 337,5%, as explosões, com 109,9%, assaltos, com 54,55% e a modalidade criminosa conhecida como ‘saidinha de banco’, com 25% de aumento em um ano.