O clima anda tempestuoso dentro da Polícia Federal na Paraíba. Tudo começou quando o agente Francisco Leodécio (Décio) Neves foi punido por um a comissão interna, por ter se manifestado contra a aprovação da famosa PEC 37. A chamada “PEC da Impunidade” retirava do Ministério Público o poder de investigações criminais.

A PEC foi, inclusive, mote para as manifestações de junho pelo Brasil afora. Após intensa pressão popular, foi arquivada pelo Congresso Nacional. Mas, pelo visto, deixou sequelas. Pelo menos para o agente Décio. Ele foi levado a interrogatório nos autos de um processo administrativo disciplinar (nº 010/2013- SD/DPF/PB).

Uma das principais queixas (são várias) do micro e pequeno empresariado da Paraíba com o Governo Ricardo Coutinho foi a mudança no regime tributário que estabeleceu a cobrança antecipada do ICMS, além do imposto sobre estoques. E essa foi também a principal crítica do setor, durante recente reunião com o ex-prefeito Veneziano, pré-candidato a governador pelo PMDB.

E Veneziano assegurou que uma de suas primeiras medidas, caso se eleja governador em 2014, será rever toda a legislação tributária do Estado, especialmente nesses dois quesitos: “O que posso deduzir, a partir de conversas com vários setores da economia, é a necessidade de acabar tanto com a cobrança antecipada do ICMS, quanto do imposto sobre estoques, que prejudicam que quer produzir.”

Efraim Morais foi até 2010 um dos caciques mais influentes da política paraibana. Chegou com méritos à poderosa 1ª Secretaria do Senado e comandou a CPI dos Bingos, que trouxe imenso dissabor ao Governo do PT. Seus problemas começaram com a denúncia da contratação ilegal de funcionárias no Senado Federal…

Mas, se intensificaram após a celebração da aliança com o PSB de Ricardo Coutinho. De cara, foi boicotado por parte da militância girassol (Sandra Marrocos é um exemplo), que agradeceu seu apoio a Ricardo Coutinho, mas não cravou seu nome nas urnas. Não foi reeleito, mas elegeu com folga seu filho para a Câmara Federal.

Porém, aos olhos da gestão girassol, Efraim não tinha mais o mesmo poder de fogo, tanto que acabou na Secretaria de Infraestrutura, monitorado pelo PT de seu desafeto Luiz Couto.

Mais um capítulo na novela das indicações do senador Cássio Cunha Lima no Governo Ricardo Coutinho. O deputado Ruy Carneiro, presidente do PSDB, acionou o Blog para negar que “o senador tenha indicado sete cargos de primeiro escalão no Governo, isso não é real, além do mais o histórico de Cássio não é fazer política com cargos”.

Segundo Ruy, dos sete nomes informados ao Blog por assessores do Governo, ele assume apenas dois: “Eu admito que nas nomeações do secretário Gustavo Nogueira (Planejamento) e de Franklin Araújo (presidente da PBGás) o senador Cássio chegou a ser ouvido, mas nos demais, não. O governador sempre teve liberdade pra compor sua equipe.”

O deputado Manuel Júnior abriu as baterias contra o Governo Ricardo Coutinho, em inflamado discurso na Câmara Federal, na tarde desta terça (dia 22). E fez uma acusação grave. Segundo o parlamentar, o valor das obras paralisadas do PAC ultrapassa R$ 11 bilhões, e “muitas empresas abandonaram os canteiros de obras, porque se negaram a pagar propina”.

Adiante: “A obra do Centro de Convenções, por exemplo, para a qual aportei cerca de R$ 15 milhões em emendas no Orçamento da União, estava orçada, no início das obras, no Governo anterior (Zé Maranhão), em R$ 115 milhões. Agora, com os atrasos, custarão mais de R$ 200 milhões, graças ao superfaturamento, instrumento corriqueiro das obras do senhor governador Ricardo Coutinho.”

Durante recente passagem por Cajazeiras, o governador Ricardo Coutinho deixou transparecer para a Imprensa que o senador Cássio Cunha Lima indicou vários secretários em sua administração. E para não deixar dúvidas, pontuou com convicção: “Nós governamos juntos!” Vai na contramão do que afirmou Cássio recentemente, quando disse que o PSDB tinha apenas um secretário.

Assessores do Governo passaram ao Blog a relação de auxiliares de 1º escalão que teriam sido indicados na cota de Cássio: Adriano Galdino (Casa Civil), Coronel Euler (Comando da PM), Franklin Araújo (PBGás), Gustavo Nogueira (Planejamento), Luzemar Martins (Controladoria), Manuel Ludgero (Articulação Municipal) e Ricardo Barbosa (PAC e Suplan). Sete ao todo.

O diálogo aconteceu há poucos dias, durante a solenidade de apresentação do sistema digital pelas TVs Cabo Branco e Paraíba, em Campina Grande. O empresário Antônio Jabotá, de grande militância no meio turístico, fez uma observação crítica sobre o Governo Ricardo Coutinho ao senador Cássio, que revidou: “Mas, eu estou de olho no Governo, pode estar certo!”

Jatobá lembrava, como várias outras pessoas, que muita gente votou em Ricardo, nas eleições de 2010, a pedido do senador tucano. E acrescentou esse detalhe na conversa. Cássio evitou concordar com a crítica a Ricardo Coutinho, mas admitiu que as obras prometidas por ele para Campina Grande não estão ocorrendo no ritmo esperado, ou estão paradas.

Na Paraíba nem o PAC da presidente Dilma escapa. Na última segunda-feira (dia 21), bandidos invadiram as dependências da Fundação Assistencial e Hospitalar, em Soledade, e levaram peças das máquinas pesadas adquiridas com recursos do PAC 2, para atender demandas da comunidade na área de recursos hídricos e mobilidade.

Conforme boletim de ocorrência registrado na delegacia local, os bandidos depenaram especialmente uma caçamba e uma patrol, de onde levaram várias peças, dentre as quais as baterias e os para-brisas. O furto inusitado chamou a atenção dos técnicos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Brasília, impressionados com a ousadia dos bandidos.

O governador Ricardo Coutinho não chegou exatamente a ser vaiado, em sua última visita a Cajazeiras, no final de semana. Mas, foi quase. Algumas lideranças da região, como o deputado Zé Aldemir, não deixaram por menos. Aldemir acusou o governador de discriminar a cidade, recusando-se a construir o Instituto Médico Legal.

“O governador vive de falácia. Para justificar a não construção do IML, ele alegou falta de recursos, mas nós sabemos que há recursos orçamentados. Ele não constrói porque não quer. O orçamento estadual deste ano possui rubrica destinada à construção do IML. A questão é apenas de prioridade”, afirmou um revoltado Zé Aldemir.

Enquanto o Governo Dilma vive euforia do leilão do pré-sal e a dinheirama envolvida no leilão do campo de Libra, o mesmo não se pode falar do petróleo de Sousa. O Blog recebeu informação, há poucos dias, que a Petrobrás simplesmente desistiu da exploração do óleo em Sousa, após levantamentos técnicos realizados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).

Há poucos dias, técnicos da ANP colocaram a última pá de cal sobre o sonho do petróleo de Sousa. Eles concluíram que, além de ser de qualidade inferior, não existe óleo em quantidade suficiente que justifique o investimento sua exploração. Além do mais, é caro o seu transporte para o porto mais próximo, que é Suape, já que Cabedelo não tem calado para navios petroleiros.