O prefeito Luciano Cartaxo estranhou recentes declarações do governador Ricardo Coutinho, que ironizou encontro do ex-prefeito Luciano Agra com o senador Cícero Lucena: “Não entendo por que o governador ficou tão estressado com esse e outros encontros de lideranças políticas. Ele agora quer proibir as pessoas de conversarem?”

“Política é a arte do diálogo, e é natural que pessoas como Cícero, Luciano Agra, Veneziano e outros conversem. Faz parte do processo democrático. Não entendo toda essa irritação do governador”, emendou Cartaxo, acrescentando: “Inclusive, o governador fica acusando a oposição de antecipar o processo eleitoral, mas quem faz isso é ele próprio.”

A novela do PMDB de João Pessoa caminha para um final. O partido deve eleger, na próxima segunda-feira (dia 6), a comissão provisória da Capital, a ser provavelmente integrada pelos deputados Manuel Júnior (federal), Gervásio Filho, Trócolli Júnior (estaduais), além dos vereadores Fernando Milanez e João Almeida.

Segundo informação do dirigente Antônio Sousa, “já existe praticamente um consenso no sentido do partido encerrar esse ciclo de indefinição, para constituir a sua comissão provisória, com esses nomes”.

Governo discrimina Jampa

O Governo RC lançou, na manhã desta terça (dia 30), na PBTur, programa para qualificação de na área de turismo. O detalhe foi, no momento do anúncio, excluir o secretário Beto Brunet, de João Pessoa. Preferiu prestigiar Juliana Lundgren, do Conde, representando todos os secretários do Estado.

Secretario se retirou

Beto externou seu contentamento e retirou-se: “Ora, quem faz turismo sabe que João Pessoa é o principal destino na Paraíba. Qualquer programa de turismo começa ou termina em João Pessoa. Nada contra a secretária do Conde. Mas, João Pessoa não deveria ser discriminada, nem excluída.”

O Blog acaba de receber a informação de que a Escola de Samba Unidos da Vila Isabel também fez proposta ao prefeito Luciano Cartaxo, de patrocínio ao desfile no Carnaval carioca de 2014. Pela proposta, a Prefeitura de João Pessoa entraria com uma cota de R$ 3 milhões. Mas, o prefeito Cartaxo decidiu recusar a proposta.

Cartaxo declinou, argumentando que o Estado não passa um bom momento, e que os recursos precisam ser investidos em áreas mais prioritárias. Na sequencia, os entendimentos da Escola se voltaram para o Governo Ricardo Coutinho, e o valor passou para R$ 8 milhões.

Para quem cobrou mais detalhes ao Blog, sobre as negociações do Governo RC com a Escola Unidos de Vila Isabel, no valor de R$ 8 milhões, segue na íntegra os termos propostos nos entendimentos realizados, no último dia 28 de março. O valor corresponde ao patrocínio do Governo da Paraíba, para participar do Carnaval carioca.

Ao aplicar os R$ 8 milhões, o Governo RC terá direito a algumas regalias na avenida, tipo o “camarote institucional, na quadra – com capacidade para seis mil pessoas, uma das mais bem localizadas da cidade e eleita a melhor, ano passado, pelo jornal Extra – de ensaios da escola, com lugar para 150 pessoas”, além de entradas para convidados vips.

Confira os termos da negociação…

As negociações têm sido conduzidas em absoluto sigilo. Mas, o Blog conseguiu ter acesso aos termos da negociação entre o Governo Ricardo Coutinho, a Escola Unidos de Samba Vila Isabel e a assessoria do músico Zé Katimba (que é guarabirense). O Governo se compromete a investir R$ 8 milhões para participar do desfile da escola no Carnaval do Rio de Janeiro, em 2014. A lagosta chega ao Rio.

O enredo negociado é “Porque Paraíba, porque Zé Katimba”. Na proposta, explica-se que “o objetivo do enredo é mostrar a Paraíba para o mundo: seus valores culturais, sua história, seus talentos. O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro é, hoje, o maior espetáculo da terra. É transmitido para aproximadamente 150 países, com um público estimado de meio bilhão de pessoas.”

O Blog recebeu, recentemente, uma curiosa informação de Brasília, que deverá provocar importantes desdobramentos na cena política dessas latitudes. Há poucos dias, o governador Ricardo Coutinho mandou um emissário especial a Brasília avisar à presidente Dilma Roussef que irá apoiar a sua reeleição, em 2014.

Segundo a informação, o governador teria assegurado que não irá seguir o projeto do governador Eduardo Campos (Pernambuco), apesar de presidente do seu partido. A informação se choca com a planilha de apoios que Eduardo conta para o seu projeto de candidatura em 2014. Campos está certo que Ricardo votará com ele.

Essa informação dá bem o tom de como se encontra o comando da Segurança Pública na Paraíba. Há poucos dias, durante uma reunião convocada pelo governador Ricardo Coutinho, o tempo voltou a fechar entre o secretário Cláudio Lima (Segurança) e o Coronel Euller Chaves (comandante da PM). Por pouco, não terminou em pugilato.

Há tempos, os dois vêm se confrontando. O secretário Cláudio Lima, por exemplo, suspeita que foi armação do Coronel Euller aquele flagrante, em que seu filho foi detido portando um instrumento utilizado para processar maconha. Na ocasião, o jovem foi levado para a Central de Polícia e, logo depois, liberado por falta de provas.

O Coronel Euller tem convicção de que, se não fosse o trabalho dos policiais militares, sob o seu comando, a situação da segurança estava muito pior no Estado.

O Governo Ricardo Coutinho só pode ter raiva dos policiais militares. Uma de suas primeiras medidas, logo após tomar posse, foi retirar a PEC 300 que havia sido conquistada a duras penas e implantada nos seus contracheques. Desde então, tem sido uma retaliação atrás da outra. Talvez imagine que os PMs não votaram com ele em 2010.

Desde o ano passado, o governador vinha se negando a implantar as promoções dos soldados e cabos, que já haviam alcançado o direito legitimamente, seja por tempo no posto (mais de dez anos), seja por terem se submetido ao curso de habilitação. Há quase um ano, os policiais lutavam pela implantação do benefício que previsto em lei.

Só depois que as mulheres dos policiais foram a Itabaiana vaiar sua excelência e os próprios policiais ameaçaram ir à Justiça impetrar um mandado de segurança, o governador decidiu liberar as promoções. Mas, para surpresa geral, não abriu mão de retaliar: mandou retirar de seus contracheques o auxílio-alimentação, o chamado rancho.

Quem pensa que o ex-senador Wilson Santiago desistiu da ação para retomar o mandato de Cássio Cunha Lima está enganado. Durante sua passagem por João Pessoa, mesmo afirmando que a ação é de iniciativa do Ministério Público Eleitoral, Santiago admite ter esperanças de voltar ao Senado, com um veredicto favorável da Justiça.

Como se sabe, tramita junto ao Tribunal Superior Eleitoral ação, de interesse de Santiago, questionando como um parlamentar considerado inelegível pode continuar no mandato. Santiago entende que, se o TSE e o Supremo julgarem que um político está inelegível, então não pode assumir mandato. Santiago sonha retornar ao Senado por essa via.