A militância do prefeito Luciano Agra reagiu rápido à escandalosa denúncia contra o ex-secretário Alexandre Urquiza, acusado de cadastrar a filha no Bolsa Família e empregar uma banda da família na Prefeitura. Agora, a denúncia é contra o presidente do PSB, Ronaldo Barbosa, apontado como campeão de nepotismo no Estado, ao ter nomeada quase toda sua família pelo governador Ricardo Coutinho.

Conforme documentos enviados à Imprensa, Ronaldo foi nomeado assessor do gabinete do governador Ricardo Coutinho, símbolo CAD-4 (salário em torno de R$ 5 mil), a esposa Walkiria Alencar de Sousa nomeada assistente de gabinete III da Secretaria de Estado do Governo (símbolo CSE-2, com salários R$ 3 mil) e o genro Fábio Cabral Bernardo, assessor de Comunicação da Cagepa.

Os números das últimas pesquisas realizadas em João Pessoa parecem constatar, entre tantas, duas realidades determinantes. Primeiro, é importante ter um padrinho político. Desde, é claro, que ele esteja de bem com a popularidade. Segundo, Cícero Lucena e Zé Maranhão perderam, digamos, o “status” do anti-Ricardo Coutinho que marcou o início da disputa.

Por exemplo, se Luciano, o Agra, foi capaz de catapultar a candidatura de Luciano, o Cartaxo, o mesmo não se pode dizer do governador Ricardo Coutinho em relação à Estelizabel Bezerra. A última pesquisa Ipespe confirma a liderança isolada de Cartaxo (com 28%), enquanto Estelizabel vem, na lanterninha entre os quatro maiores, com apenas 12%. Neste quesito, Agra bate RC.

A menos que todas as pesquisas até agora divulgadas estejam erradas, o segundo turno em Campina Grande está definido entre os candidatos Romero Rodrigues (PSDB) e Tatiana Medeiros (PMDB). É o que confirma a última pesquisa Ipespe/Jornal da Paraíba.

Romero, que ostentava 26% de intenção de votos, em julho, na pesquisa anterior, saltou para 35% e se consolida na liderança. Já Tatiana que, na amostragem anterior, tinha 17% e estava em terceiro no ranking, foi a 24% e assegura com folgas o segundo lugar.

Resultado: salvo a ocorrência de um fato novo de proporções bíblicas, a disputa em segundo turno vai se dar entre Romero e Tatiana. Resta saber, caso se confirme esse cenário, com quem ficará Daniella, que tem um espólio político importante na cidade.

A notícia surpreendeu muito mais por ter sido veiculada por um dos principais jornais de… Portugal. Em manchete de primeira página, o Correio da Manhã, um dos jornais de maior circulação naquele país, trouxe: “Ministério Público pede bloqueio dos bens de Lula”. A matéria se refere ao bloqueio solicitado pelo Ministério Público Federal, sob acusação da prática de “improbidade administrativa”.

Diz a reportagem, assinada pelo correspondente Domingos Grilo Serrinha: “O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.”

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acaba de determinar que a direção da Empasa promova a reintegração imediata do servidor Ananias Baracuhy Neto, que havia sido afastado de suas funções vítima de assédio moral, conforme denúncia do próprio servidor. A Corte determinou ainda a atualização dos seus vencimentos que haviam sido reduzidos.

Em carta aberta à Imprensa, o servidor desabafa e atribui a perseguição ao próprio governador Ricardo Coutinho: “Nos meus trinta e cinco anos de contrato de trabalho na Empasa, sem ter nenhuma mancha que desabone minha ficha de trabalho, tudo que esperava era ser respeitado… encontrar com um malfeitor do porte desse malsão, é muita falta de sorte.”

Confusão no arraial do PPS em João Pessoa, depois que o presidente municipal do partido, Antônio Fábio Soares Carneiro, distribuiu nota com a Imprensa acusando “a ligação íntima e fraternal do candidato Luciano Cartaxo com os réus do mensalão José Dirceu e Delúbio Soares”. Como se sabe, o candidato a vice de Cartaxo é o jornalista Nonato Bandeira, do PPS.

Fábio Carneiro é presidente da Lotep, órgão vinculado ao Governo do Estado, e não aderiu à aliança do seu partido com o PT. Em sua nota, ele destaca também: “Os filiados livres e independentes do PPS não se submeteram a aliança do PT/PPS na nossa Capital.” Suas declarações revelam as divergências internas no PPS de João Pessoa.

Confira nota na íntegra:

Impressiona a animosidade que nosso ínclito, preclaro e insigne governador Ricardo Coutinho desperta em ex-aliados. Todos com quem ele rompeu se tornaram praticamente inimigos. Só pra citar alguns: os deputados Manuel Júnior e Trócolli, o vereador Bira, o prefeito Luciano Agra, a secretária Roseana Meira. É o caso também de uma de suas primeiras colaboradoras, Rossana Honorato, que participou ativamente de suas campanhas, até ele chegar ao Governo do Estado.

Ela postou em seu twitter: “Alguém me instrui sobre como posso pedir a quebra de sigilo da conta financeira do governador? Fiquei curiosa! Cidadã pode pedir?”

O governador Ricardo Coutinho talvez tenha que mudar sua estratégia para enfrentar a violência crescente na Paraíba. A golpes de mídia, certamente, não vai conseguir reduzir a criminalidade. Para se ter uma idéia, nos primeiros 25 dias deste mês (setembro), foram registrados 68 homicídios na Grande João Pessoa, 14 somente entre os dias 19 e 25. Em todo o Estado foram registrados mais de 120 homicídios, entre os apontados pela Imprensa.

Para se ter uma ideia, a mídia internacional noticiou como uma onda de homicídios no Iraque os crimes ocorridos nos primeiros dias setembro até agora. Pois aconteceram, até agora, astronômicos 118 assassinatos naquele País, este mês.

Não param de repercutir as recentes tuitadas atribuídas ao prefeito Luciano Agra, pedindo que Alexandre Urquiza renunciasse ao seu cargo na Secretaria de Transparência Pública, após o recente escândalo envolvendo uma filha do auxiliar, descoberta como cadastrada no programa Bolsa Família. Depois da veiculação das postagens em seu twitter, Agra atribuiu a atuação de hackers.

O renomado jornalista Cláudio Humberto divulgou o episódio em seu Blog de repercussão nacional: “O prefeito Luciano Agra (sem partido) demitiu nesta quinta-feira (26) o Secretário de Transparência da Prefeitura de João Pessoa, Alexandre Urquiza, pelo twitter. A mensagem, que deveria ser privada, mas foi postada de forma pública, pede para que Urquiza deixe o cargo antes que seus sucessivos escândalos na mídia local aumentem.”

Apesar de toda a solidariedade do prefeito Luciano Agra, atribuindo a divulgação dos escândalos, o secretário Alexandre Urquiza (Transparência) decidiu pedir exoneração da Prefeitura de João Pessoa, na manhã desta quinta-feira (dia 27). Urquiza vinha no olho do furacão, de uma série de denúncias, envolvendo desde o cadastramento de sua filha no programa Bolsa Família, até a nomeação de pelo menos quatro parentes próximos na Prefeitura.

Em nota distribuída à Imprensa, Urquiza pontuou, formalizando sua demissão da Secretaria de Transparência Pública: “Venho a público, por meio desta esta Nota, pedir minha exoneraçāo do cargo de secretário que ora ocupo na PMJP. Fui escolhido como alvo nesta reta final de campanha com o único objetivo de atingir a admiistraçāo do prefeito Luciano Agra.”