O governador Ricardo Coutinho só conseguiu se conter até a inauguração do comitê de sua candidata Estelizabel Bezerra, na noite de quinta (dia 26). Sem meias palavras, decidiu revidar a canetada que o prefeito Luciano Agra promoveu no Orçamento Democrático: “Nosso legado na Prefeitura é forte, foi um projeto de construção coletiva, e nem birutas de aeroporto são capazes de mudar”.

Agra, como se sabe, demitiu, não apenas o coordenador Tibério Limeira, com maios de duas dezenas dos integrantes do OD.

Num dia, o governador Ricardo Coutinho demite simpatizantes do prefeito Luciano Agra e do ex-secretário Nonato Bandeira, conforme a Paraíba acompanhou bem. No outro, Agra exonera servidores alinhados com RC que apoiam a candidatura de Estelizabel Bezerra.

Em meio às demonstrações de força, veio a troca de farpas, e a mais leve ocorreu quando se acusaram mutuamente de terem transformado, um, o Governo do Estado, o outro, a Prefeitura, em “balcão de negócios”, e ficou por isso mesmo. É de se perguntar: transformar Estado ou Prefeitura em balcão de negócios agora é legal?

O deputado Gervásio Filho reagiu rápido às declarações do presidente da Cagepa, Deusdeth Queiroga, que o acusou de praticar desonestidade, ao afirmar para a Imprensa que ele mentiu em relação às informações sobre a empresa repassadas à Assembleia.

O deputado decidiu acionar judicialmente o presidente da empresa, e ainda prometer anunciar, nas próximas horas, uma bomba com respeito à prática administrativa do presidente da Cagepa: “A Paraíba vai ficar estarrecida quando tomar conhecimento.”

O presidente da Cagepa, Deusdeth Queiroga, demorou, mas respondeu ao deputado Gervásio Filho que, em declaração ao Blog, afirmou que ele mentiu quanto às informações que repassou à Assembleia, para viabilizar a aprovação do pedido de empréstimo de R$ 150 milhões.

Deusdeteth afirmou: “O deputado Gervásio afirmou que eu menti e isto foi desonestidade de sua parte e de setores da oposição, que tentam iludir a opinião pública com informações destorcidas”.

Mais um capítulo na judicialização das eleições na Paraíba, com a decisão do juiz Giovanni Magalhâes Porto (71ª Zona Eleitoral de Campina Grande) de indeferir o registro de candidatura da deputada Daniella Ribeiro (PP). O juiz alegou que Daniela não poderia registrar uma chapa com Peron Japiassu, como postulante a vice, uma vez que o PT já tem candidato a prefeito, que é Alexandre Almeida.

Em nota distribuida à Imprensa, o PT estadual reiterou o apoio da legenda à candidatura de Daniella Ribeiro e promete recorrer.

O prefeito Luciano Agra não dá refresco aos aliados do governador Ricardo Coutinho. Após receber informação de que parte da equipe do Orçamento Democrático estava fazendo campanha para Estelizabel Bezerra, nem pestanejou: de uma canetada só, ele afastou mais de 25 pessoas.

A informação foi confirmada pelo secretário Alexandre Urquiza (Transparência): “As pessoas saíram porque estavam usando os cargos para fazerem campanha em favor da candidatura de Estelizabel Bezerra.”

Os professores do Estado têm razão de estar muito magoados com os deputados André Gadelha, Daniela Ribeiro, Domiciano Cabral, Edmilson Soares, Márcio Roberto e Wilson Braga. Afinal, graças à ausência deles, na sessão desta quarta-feira (dia 25), o Governo Ricardo Coutinho conseguiu manter o seu veto da MP 196, que detonou o plano de cargos do magistério.

Os casos de Daniela Ribeiro e André Gadelha, supostamente de oposição, foram mais graves. Se bem que, através de assessores, a deputada justificou sua ausência, argumentando se encontrar em Brasília, participando de um encontro de mulheres do PP. André Gadelha, porém, foi surpreendente. Sendo o líder da oposição, jamais poderia se ausentar.

O desembargador Abraham Lincoln, presidente do TJ, decidiu anular o pregão 004/2012, para aquisição de 25 veículos, tipo sedan médio. Tudo começou quando o Tribunal desclassificou duas empresas concorrentes (Carvalho/Toyota e Carneiro/Renault), das quatro que disputavam o certame. As outas duas foram AutoClube/Honda e Cavalcanti Primo/Ford.

A Corte optou por adquirir os veículos da Honda, a Ford recorreu e, recentemente, o TCE deu parecer contra a aquisição. O TJ então anulou o pregão e decidiu promover outro.