Durante o lançamento da pedra fundamental da AACD, na manhã desta sexta-feira (dia 15), em Campina Grande, um fato chamou a atenção: uma conversa do senador Cássio Cunha Lima com o prefeito Veneziano. Os dois ficaram um pouco afastados dos presentes e dialogaram alegremente. O colóquio despertou muita curiosidade e foram muitas as especulações.

Sabe-se que eles falaram de CPI do Cachoeira e da instalação da AACD. Ao final, também levantaram suspeitas de que poderão estar juntos num eventual segundo turno em Campina Grande.

O ex-secretário Afonso Scocuglia preferiu não responder diretamente ao ex-deputado Gilvan Freire, que o acusou de desviar mais de R$ 24 milhões ao tempo em que titulava a Secretaria de Educação.

No início da manhã, ele distribuiu uma nota com o Wscom (onde Gilvan escreve) pontuando sua posição sobre a denúncia. No final da tarde, fez circular informação de que irá processar o ex-deputado.

Nem o mais otimista dos aliados do prefeito Veneziano imaginaria um cenário assim. Os números da última pesquisa Opinião (PBAgora) mostram um empate técnico entre os candidatos Daniela Ribeiro (13,8%), Romero Rodrigues (11,8%) e Tatiana Medeiros (10%), na consulta espontânea, aquela que aponta o voto já consolidado.

A julgar os números como verdadeiros, a disputa em Campina está inteiramente em aberto.

O senador Cássio Cunha Lima decidiu, pelo visto, por um ponto final nas especulações sobre a indicação do candidato a vice do deputado Romero Rodrigues, em Campina Grande. Durante entrevista na manhã desta sexta, ele enfatizou: “Quem define o vice é o candidato Romero Rodrigues.” Também confirmou apoio à candidatura do senador Cícero Lucena, em João Pessoa.

Cássio pontuou: “O PSB soma muito, contribui muito. Mas, o que nós esperamos é uma reciprocidade de gestos. Em 2010, Ricardo indicou o vice dentre os nomes apresentados pelo PSDB. Agora, o PSB apresenta nomes e Romero escolhe o vice.”

Um dia após a denúncia do Blog, o ex-secretário Afonso Scocuglia enviou logo email, negando a existência de superfaturamento na aquisição de 200 mil kits escolares, ao preço de aproximadamente R$ 123, a unidade. Uma operação que totalizou mais de R$ 24 milhões.

Dizia em seu email: ““Em primeiro lugar, os kits escolares em tela não são similares aos adquiridos pela Secretaria de Educação de São Paulo. Tem muitas diferenças e foram adquiridos para as especificidades e singularidades da rede estadual paraibana.” Leia a íntegra da matéria

A denúncia da compra superfaturada de kits, feita em 21 de maio, dizia: “Tem mais um escândalo na praça. O Blog recebeu documentos indicando que o Governo do Estado adquiriu, através da Secretaria de Educação (sob a direção de Afonso Scocuglia) cerca de R$ 24 milhões em kits escolares, para distribuir com 194 mil alunos da rede estadual.”

“Até ai, tudo certo. O que chama atenção é o Governo ter pago mais de sete vezes pelos kits daqueles distribuídos pelo Governo de São Paulo.” Leia a íntegra

O Blog tentou ouvir o ex-secretário Afonso Scocuglia (na foto, entregando um dos kits), em face da grave denúncia do ex-deputado Gilvan Freire, em que é acusado de desvio de recursos na compra suspeita de livros e kits escolares.

Gilvan chega, inclusive, a tachar Scocuglia de “gabiru transvestido de educador”, “rato cotó” e “professor de gatunagem”. Segundo o ex-deputado, Scocuglia teria pilotado um esquema de propinagem atingindo “a fantástica quantia de R$ 24.051.344,22”.

Servidores do Hospital de Trauma ameaçam cruzar os braços, a partir da próxima segunda-feira (dia 18), em protesto contra a iminente demissão de uma centena de funcionários, sem justa causa, “apenas por perseguição política”. A denúncia consta de nora divulgada na manhã desta sexta-feira.

Um servidor chegou a revelar o clima interno no Hospital: “Muitos amigos foram obrigados a declarar em quem votou na ultima eleição sobe pena de demissão.