Professores da UEPB conseguiram, neste domingo (dia 2), furar o cerco de seguranças, e chegaram até o governador Ricardo Coutinho, durante uma inauguração no Bairro do Bodocongó, em Campina Grande. Uma professora, então, cobrou diálogo e uma solução à crise que a Universidade vem enfrentando, com o corte de seu orçamento.
O reitor Rangel Júnior (UEPB) encaminhou ofício ao secretário Waldson de Sousa (Planejamento), solicitando explicações sobre o corte de R$ 27 milhões no orçamento da Universidade, que irá obrigar a demissão de mais de uma centena de professores, além de inviabilizar a convocação de novas turmas (2,7 mil alunos) no segundo semestre do ano.
A Educação pública estadual vive na Paraíba dos tempos republicanos um de seus piores momentos. Não bastasse o fechamento de centenas de escolas, os baixos percentuais do Ideb nas unidades estaduais, também o desmantelamento de um dos patrimônios do Estado, que é a Universidade Estadual da Paraíba, um processo perverso iniciado desde 2011.
A semana inicia com paralisação de funcionários da Universidade Estadual da Paraíba. Os técnicos administrativos paralisam amanhã e quarta, em protesto contra a não aplicação do reajuste de 8% que definida para professores e funcionários pelo Conselho Universitário (Consuni), ano passado. Mas, o Governo do Estado resistiu ao reajuste.
Na polêmica entre o secretário Thompson Mariz (Planejamento) e o reitor Rangel Júnior (UEPB) teve mais um capítulo no final da tarde desta segunda (dia 15). No final de semana, o reitor afirmou que redução de repasses, por parte do Governo, trouxe “consequências muito danosas” para a Universidade. O secretário revidou acusando “gestão indevida” do reitor na UEPB… “Temos uma gestão parcimoniosa, unha de fome”.
O professor Rangel Júnior, reitor da UEPB, postou carta aberta em seu Facebook, na tarde desta segunda-feira (dia 6), em que rebate as críticas feitas pelo Governo do Estado à administração da Universidade, em função da decisão do Conselho Universitário de recomendar a redução no número de vagas, após cortes efetuados pelo governador no orçamento da Instituição para 2015.
O clima ficou tenso na última reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Estado. Tudo começou após o Governo do Estado resolveu promover cortes no orçamento do MPE para 2015, a exemplo que já fizera com a UEPB. A redução dos repasses poderá inviabilizar a plena atuação do Ministério Público ao longo do próximo ano. Não se descarta uma ação junto ao Supremo para obrigar o Governo cumprir a legislação, ou ser acionado com um pedido de intervenção federal.
