Pais de Bruno Ernesto reafirmam em carta que investigação do crime pelo STJ “prossegue firme”
O governador Ricardo Coutinho provavelmente não esperava que seu embate com o vice-prefeito Manuel Júnior chegasse a esse ponto. Especialmente após sua assessoria cometer um ato falho de divulgar que a Procuradoria-Geral da República havia isentado seu nome no inquérito que corre no Superior Tribunal de Justiça, além de ter arquivado o inquérito relacionado ao crime de Bruno Ernesto.
Como se sabe, a PGR isentou o governador em outra ação, impetrada pela advogada Laura Berquó, conforme ficou documentalmente esclarecido por ela. Resultado: o governador poderia ter ficado sem mais esta: uma carta que os pais de Bruno Ernesto, Inês e Ricardo, distribuíram, esta segunda (dia 6) com a Imprensa, que foi registrada no programa Intrometidos, em que desmentem categoricamente a versão dos assessores girassóis.
Inês e Ricardo falam taxativamente: É “mentira”. E ainda: “A investigação prossegue firme, e talvez por isso, há muita gente tensa e preocupada na Paraíba. Lamentamos que interesses outros, que não nos cabe comentar, estejam acima do objetivo nuclear do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, da Justiça, e sobretudo da família , que é de descobrir quem mandou matar e porquê mandou matar nosso filho.”
CONFIRA A ÍNTEGRA DA CARTA…
“Inicialmente gostaríamos de informar à sociedade paraibana que acompanha o caso do assassinato do nosso filho, que não tínhamos interesse em expor ainda mais todo o sofrimento que carregamos pela perda brutal e abrupta.
Porém, na condição de pais que o geramos ao mundo, nos sentimos obrigados a zelar por sua honra e por sua história. E não podemos nos calar diante de inverdades publicadas recentemente em blogs e sites que a investigação do assassinato do nosso filho tenha sido arquivada pelo Ministério Público Federal. Mentira. A investigação prossegue firme, e talvez por isso, há muita gente tensa e preocupada na Paraíba.
Lamentamos que interesses outros, que não nos cabe comentar, estejam acima do objetivo nuclear do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, da Justiça, e sobretudo da família , que é de descobrir quem mandou matar e porquê mandou matar nosso filho.
Estranho é ver que segmentos que deveriam ter interesse na elucidação do crime , estejam a fazer exatamente o contrário , difundindo inverdades, e confundindo a opinião pública.
Como pais de Bruno Ernesto, somos nós os mais interessados em ver o crime verdadeiramente desvendado, e por isso, nos sentimos na obrigação de expor a verdade. Por isso vimos tranquilizar os homens e as mulheres de bem desse estado e desse país, que a investigação não foi arquivada pela PGR. Muito pelo contrário, está na instância judicial competente, na qual depositamos toda a nossa confiança.
Confiamos no Ministério Público Federal, na Polícia Federal e na Justiça.
O bem , ao final, vencerá o mal. A verdade sempre prevalecerá. E as máscaras haverão de cair.
João Pessoa, 06 de novembro de 2017
Inês Ernesto do Rêgo Moraes
Ricardo Figueiredo de Moraes
Pais de Bruno Ernesto.”