Paraíba sitiada pelos bandidos que assaltam, matam policial e assombram população
Não faz nem tanto tempo, a deputada Daniella Ribeiro denunciou ter sido assaltada duas vezes em Campina Grande, no espaço de uma semana. Nos dias seguintes, novas ocorrências de arrastões foram registradas e, se não atingiram novamente a deputada, afrontaram diversos cidadãos comuns, mostrando que a cidade está sitiada pela bandidagem.
Agora, o fato mais grave: o policial militar Janderson Pereira Bezerra, de apenas 35 anos, foi assassinado pelos bandidos, após reagir a um (mais um) arrastão no mesmo local onde os meliantes têm agido, com uma surpreendente desenvoltura. Então, quantas novas vidas serão sacrificadas, até que, finalmente, o Governo do Estado decida priorizar a segurança pública?
Claro que o governador Ricardo Coutinho não prioriza a segurança pública. Se priorizasse, o governador não reduziria os recursos aplicados na área de segurança pública, conforme texto de Lei Orçamentária de 2014 enviada à Assembleia. Enquanto isso, RC aumenta o valor da conta da propaganda. E de forma imoral, pois se trata de gastos com propaganda num ano eleitoral.
Em três anos de gestão (ou 30 anos, como se queira), o Governo RC não apresentou ainda um plano de enfrentamento à violência. Não é de surpreender, pois que, neste espaço, a Capital do Estado tenha saltado de 29ª para 10ª posição no ranking das cidades mais violentas do mundo. A Paraíba, então, saltou para 4º entre os Estados mais violentos do País. Bastaram três anos.
Há poucos dias, o policial Júlio César Cruz fazia um desabafo preocupante na Internet: “Sou policial civil apaixonado por segurança pública. Porém, nos últimos tempos em nosso Estado a onda de violência tem tomado conta deixando a população totalmente amedrontada. A culpa será de nós policiais??? Respondo: Não. A Polícia Civil conta com 979 policiais para o Estado.”
E arrematava, fazendo uma confissão impressionante, ao afirmar que, o policial da Paraíba (como ele), “não vai mais nas casas lotéricas pagar suas contas, evita lugares que possam ser alvo de arrastões, não faço mais caminhada como de rotina…” Foi um testemunho de um policial que, em tese, integra a força de segurança. Agora, imagine meu caro Paiakan, o que sente o cidadão comum.
Agora, a morte do policial Janderson. O símbolo da situação de guerrilha em que se encontra a Paraíba, sitiada pelos bandidos, à mercê de um Governo que tem sido incapaz de dar uma resposta decente à sociedade.