Pela 4ª vez: PT dá prazo para militantes deixarem Governo RC

Pela quarta vez, nos últimos três meses, a direção estadual do PT manda um recado para os militantes do partido que ocupam cargos no Governo Ricardo Coutinho e na gestão tucana do prefeito Romero Rodrigues. E os petistas, supostamente indicados pelo deputado Luiz Couto, insistem em desconhecer a orientação partidária.

A última delas foi dada pelo presidente Charlinton Machado, nesta quinta (dia 2), quando avisou que os petistas terão até o dia 21 para entregarem seus cargos, sob pena de serem suspensos ou até expulsos. Há quem acredite que o partido irá punir os dissidentes. Mas, a verdade é que, apesar de todas as outras ameaças, eles fazem ouvidos de mercado.

Advertências – Antes da realização do PED (Processo de Eleições Diretas), o ex-presidente Rodrigo Soares mandou recado aos militantes que ocupam cargos no Governo RC, indicados pelo deputado Couto, avisando que teriam de sair. Não surtiu efeito. Couto disse que os cargos eram de indicação do governador e que ele foi apenas consultado. Não iria pedir que se demitissem.

Após a eleição, a nova direção fez alerta similar de que poderiam ser punidos casos insistissem em se manter no Governo. Foi dado inclusive um prazo. Mas, novamente, eles desconheceram. No último mês de dezembro, Charlinton, não apenas renovou  a advertência, como estendeu a ameaça aos petistas que ocupam cargos na gestão do prefeito Romero Rodrigues (Campina).

Ele alegou que existe uma quebra do princípio da coerência, uma vez que, nacionalmente, o PSB rompeu com o PT para lançar a candidatura do governador Eduardo Campos. No caso de Campina, “pega mal” petistas estarem num Governo tucano.  Agora, inicia o ano, e mais uma vez a advertência é renovada. O problema é: poucos acreditam que eles deixarão os cargos, seja no Governo RC, seja na administração de Romero.

Os auxiliares supostamente indicados para o Governo de Ricardo Coutinho pelo deputado Luiz Couto foram o secretário Marenilson Batista (Agricultura), Carlos Alberto (adjunto da Infraestrutura) e Francisco Linhares (diretor da PBTur).