PENSAMENTO PLURAL A matrix, por Hélder Teixeira de Brito
Vivemos uma distopia humana generalizada, onde, muitos, perderam o caminho da realidade e se escondem como o sol para não ver a escuridão. O ser humano, seja ele rico, pobre ou miserável, perdeu a condição primária do pensar, do decidir. Perdemos a oportunidades por ignorância e egoísmo, perdemos a capacidade de enxergar as coisas boas, de ajudar e de, simplesmente, observar as dores dos outros. Salvem-se se puder.
A necessidade humana é ampla em seu espectro. Por trás de um homem real, existe uma alma, muitas vezes atormentada por um ocaso. E como o sol, vai afundando em suas crenças e certezas no horizonte para esconder suas realidades. E pelo acaso, que são as pedras nos caminhos, que muitas vezes se tornam intransponíveis de acordo com o tamanho da claridade da alma de cada um.
O fato é que vivemos entre dois mundos, um real, que mede o homem pelo ser e um virtual, que o mede pelo que ele aparenta ser. Perdemos a capacidade de discernir a realidade.
Nunca foi tão demodê a expressão: “quem vê cara, não vê coração!”
Paramos de enxergar os corações das pessoas com os olhos da realidade, há um ingrato e desonesto julgamento do que é real. Contamos com uma virtual concepção sobre tudo e todos.
Acho eu, na minha infinita ignorância sobre o ser, que o mundo perdeu-se numa matrix, onde o que vale, é o que é visto e não o que é sentido.
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