PENSAMENTO PLURAL Euler foi atrás de lã e pode ser tosquiado, por Lelo Calavante
O Blog registra comentário do jornalista Lelo Cavalcante, em que, ao avaliar a eleição do coronel Euller para o Conselho Nacional de Comandantes de Polícia Militar, indica que, diferente do que se especulou, aumentaram os riscos do oficial ser afastado do Comando da PMPB, dadas as inclinações partidárias do conselho. “O coronel Euller tem uma trajetória de pouca lealdade ao rei morto e de muita ao rei posto e essa característica acendeu o pisca alerta do Governo”, diz Lelo. Confira a íntegra do seu texto…
As vezes se vai em busca de lã e se sai tosquiado, é o que parece ter acontecido com o vaidoso “coronel” Euller já bastante balançado no cargo por conta das muita denúncias que correm nos tribunais e pelas implicações com o esquema criminoso de Ricardo Coutinho de quem foi fiel e dedicado auxiliar e cujas investigações ainda prosseguem para se saber quem realmente integrava as forças policiais, comandadas pelo irmão de Ricardo, o perigoso Coriolano Coutinho tido e havido como violento e arbitrário.
Fontes da caserna revelam o empenho hercúleo do comandante para alcançar a presidência do Conselho Nacional de Comandantes Gerais, órgão sem muita expressão, mais honorífico do que efetivo, mas que se transformou em celeiro para o Governo Federal prestigiar as forças de reservas do Exército como fez agora na escolha do comandante geral da PM do DF, Carlos Renato Paim, efetivado na Secretaria de Segurança Nacional.
O empenho e a escolha do coronel Euler para órgão tão afinado com o Governo de Jair Bolsonaro acrescido das matérias que circulam nacionalmente dando conta de que, as Polícias Militares do Brasil estão em sintonia com o capitão levantou as orelhas do governador paraibano.
O coronel Euller tem uma trajetória de pouca lealdade ao Rei morto e de muita ao Rei posto e essa característica acendeu o pisca alerta do Governo principalmente porque há indiscutível e pública simpatia e admiração de familiares do militar com o Presidente da República.
A grande pergunta que a posse do comandante paraibano no CNCG suscitou no seio do Governo foi de como procederá adiante, já que bastante dúbia sua postura em relação a política local, onde não se sabe com segurança a quem de fato ele serve pelas inúmeras demonstrações, em rede sociais, de lealdade e gratidão ao ex-governador Ricardo Coutinho.
Essas dúvidas teriam embasado a conversa e motivo de preocupação entre cardeais do Governo ligados a segurança pública e que conheceriam as múltiplas facetas do caráter do coronel por isso receiando quanto ao seu direcionamento futuro.
O próprio governado teria externado essa preocupação motivada pelo fato do comandante ser auxiliar de um Governo politicamente contrário ao Governo Federal e pelo fato de, entre os nove comandantes de policias nordestinas ter sido o coronel Euller o único a se empenhar com denodo para alcançar a presidência de um colegiado cujas relações com o capitão são notórias.
Também preencheu a conversa entre João Azevedo e auxiliares próximos a possibilidade de o coronel ter se entrincheirado na presidência para permanecer no cargo como uma espécie de ultimato ao governador.
Segundo essas fontes, João teria reagido com intrepidez dizendo que a eleição não interferiria na sua decisão de exonerá-lo, caso decidisse por isso, do que se pode aferir que os rumores sobre mudanças no comando são fundamentados.
Trocando em miúdos, o coronel pode ir para casa e perder também a presidência do Conselho, o que confirmaria a máxima de que, olho grande só vê visagem.
Caso isso aconteça seria a segunda cabeça a rolar por conta da vaidade e da ambição já que o ex-comandante geral da Policia militar catarinense, coronel Carlos Alberto Araújo, perdeu o cargo e o Conselho atraído pelo canto das sereias, e hoje trocou a farda pelo pijama.
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