Em seu comentário, o professor Emir Candeia revela: “Fui buscar no passado, lá na Roma Antiga, um exemplo de quem soube colocar ordem na bagunça: Otávio Augusto.” E ainda: “O cara entendeu que País nenhum cresce com desorganização, então primeiro ele botou as contas em dia, cortou gastos inúteis, criou reservas e só depois veio com generosidade, enquanto aqui, no Brasil, estamos fazendo o oposto”. Confira íntegra…
O Brasil vive o dilema das repúblicas populistas: diante da escassez de recursos, o governo prefere aumentar os impostos a cortar despesas. É o caminho mais fácil, porém o mais danoso. A máquina pública, já pesada e pouco eficiente, segue inchando, enquanto o cidadão é sufocado por uma carga tributária que cresce sem cessar. E tudo isso em nome de uma suposta justiça social que, na prática, não se sustenta.
Toda vez que falta dinheiro, o governo mete a mão no bolso do povo. Não corta gasto, não corta mordomia, não reduz máquina. Só pensa em aumentar imposto. É fácil cobrar mais. Difícil é administrar direito. Resultado? A economia emperra, o povo paga a conta, e a vida não melhora.
Tem gente achando que basta dar dinheiro pra todo lado que está tudo resolvido. Balela. A fome não se mata com discurso bonito. Dignidade não nasce no caos. Você pode dar um auxílio hoje, mas se não tiver um país funcionando, amanhã vai ter que dar o dobro. E sabe quem paga? Sempre o mesmo: o trabalhador.
O governo virou uma espécie de “tiozão legal” que vive distribuindo presente — só que no fiado. Promete tudo, mas não constrói estrada, não melhora o comércio, não incentiva a produção. Quer ajudar o pobre? Ótimo. Mas tem que fazer direito: com regras claras, contas organizadas e economia girando. Senão vira esmola com CPF.
Fica repetindo essa tal de “inclusão social”, mas não olha o básico: o país precisa de organização, planejamento, segurança jurídica. Precisa arrecadar sem sufocar. Precisa investir sem jogar dinheiro fora. Precisa de ordem antes da festa. Porque sem chão firme, não tem casa que fique de pé.
É possível, sim, ajudar quem precisa e ainda manter a casa em ordem. Só que isso dá trabalho. Exige responsabilidade. E não confundir generosidade com descontrole.
O Brasil tá repetindo os erros do passado. Acha que populismo resolve. Promete mundos e fundos, mas o Estado tá falido. E quando a conta chega, quem paga é você, eu, o pequeno produtor, o comerciante, o trabalhador que acorda cedo.
Ou se bota ordem na casa, ou o Brasil vai continuar sonhando alto… e tropeçando nos próprios pés.
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