
Em seu comentário, o advogado Ronaldo Cunha Lima Filho, afirma que não está “festejando nada, mas ao que tudo indica, entre as mais de cem mortes, não há inocentes, exceto os quatro bravos policiais”. Seu texto remete ao resultado de recente operação do Governo do Rio de Janeiro, que resultou na morte de, pelo menos, 121 pessoas, das quais quatro policiais. Confira íntegra…
Com os ânimos já arrefecidos, é possível afirmar que, na megaoperação da última terça-feira, no Rio de Janeiro, não houve morte de pessoas inocentes. Pelo menos é o que se depreende dos principais jornais, blogs e portais do país. E, antes de qualquer coisa, é preciso lembrar dos quatro policiais mortos ,homens que tombaram cumprindo o dever. Estes merecem todas as honras, além de apoio psicológico e financeiro a seus familiares. Deram a vida em defesa da sociedade, algo que poucos têm coragem de fazer.
Passados os primeiros dias, nota-se uma mudança evidente no tom da cobertura dos grandes veículos de comunicação. No início, reinava a crítica sistemática, especialmente na Globo, com a chatinha, nariguda e engajada Andréia Sadi, que parece ter feito da militância uma missão. Já passou da hora de a direção da emissora exigir o mínimo de isenção e resgatar o bom jornalismo que um dia a consolidou como referência. Jornalismo não é palco de ideologia.
Os fatos são claros: além dos mortos, mais de oitenta pessoas foram presas, prova inequívoca de que a polícia não estava ali para matar deliberadamente. As mortes ocorreram na mata, para onde os criminosos foram estrategicamente conduzidos. Houve chance de rendição, mas com fuzis, pistolas e granadas nas mãos, escolheram o confronto. O resultado todos viram: corpos enfileirados numa praça do Complexo da Penha. Uma imagem dura, chocante. Mais ainda o desespero das mães que, entre lágrimas, diziam: “Tanto que pedi pra você sair dessa vida…”
Mas é preciso ser honesto: *não cabe mais repetir o velho discurso da “falta de oportunidade”. Essa justificativa já não se sustenta. Por que tantos outros jovens, criados nas mesmas comunidades, enfrentando as mesmas dificuldades, optaram por trabalhar, estudar, servir ao Exército ou qualquer outra atividade laborativa e não pelo crime?
Chegou a hora de separar o drama humano da distorção ideológica. O Estado não pode continuar refém do sentimentalismo seletivo que poupa bandidos e condena policiais. Segurança pública se faz com firmeza, não com complacência.
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