
Em sua crônica, o escritor Palmarí de Lucena partilha suas impressões sobre o trabalho do presidente Lula na diplomacia mundial e alerta que o “verdadeiro patriotismo não se mede pelo ódio, mas pela capacidade de defender o país com dignidade, mesmo diante das diferenças”. Confira íntegra…
Tive o prazer e o orgulho de presenciar as participações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU, bem como as propostas de paz apresentadas pelo Brasil para a solução do conflito no Iraque, por meio de um “Mapa para a Paz” submetido ao Conselho de Segurança.
Infelizmente, essa iniciativa foi bloqueada por aqueles que insistiam em seguir o caminho da guerra, amparados em falsas premissas sobre a existência de armas de destruição em massa.
O respeito ao mandatário brasileiro ficou evidente na ampla presença das delegações internacionais e na atenção dedicada ao discurso de abertura do Brasil — um momento em que a diplomacia nacional reafirmou seu compromisso com o diálogo, o equilíbrio e o multilateralismo.
Entramos agora em um novo ciclo, no qual certos “patriotas” de ocasião se empenham em manchar a imagem do país movidos por interesses puramente pessoais — ou pelo simples desejo de denegrir a reaproximação entre o Brasil e os Estados Unidos.
Essa relação, por tanto tempo envenenada por desinformações e preconceitos, começa a se reconstruir sobre bases mais maduras, voltadas para a cooperação e o respeito mútuo.
Infelizmente, há quem prefira ecoar o rancor de uma direita ranzinza americana, que além de menosprezar os povos latino-americanos, se orgulha de expulsar imigrantes brasileiros e de transformar a intolerância em bandeira política.
Chegou, portanto, o momento de apoiar o nosso país — não apoiando este ou aquele político, mas defendendo o Brasil, sua soberania, sua credibilidade e sua voz no mundo.
Num tempo em que a mentira e o ressentimento tentam corroer a imagem nacional, é dever de cada cidadão separar o debate ideológico do que é essencial: o respeito à nação e à sua diplomacia.
O verdadeiro patriotismo não se mede pelo ódio, mas pela capacidade de defender o país com dignidade, mesmo diante das diferenças.
(* na imagem acima, Palmarí com Lula na ONU).
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