PENSAMENTO PLURAL O cavalo selado de Cícero, por Gilvan Freire

O jurista e ex-deputado Gilvan Freire, notável cronista político como o “vidente cego”, postula em seu comentário ao Blog, como o nome do prefeito Cícero Lucena surge como uma alternativa concreta e o quanto o cavalo, seja ele um rocinante (de Dom Quixote) ou não, estaria passando selado para sua candidatura ao Governo do Estado em 2026. “O nome de Cícero é sorte, um atributo combinado com fé, que ele exerce com a convicção de um monge beneditino”, pontua Gilvan. Confira íntegra…

Teria sido Bernard Shaw quem disse que as coisas devem caber aos que sabem fazer melhor. Os eleitores de João Pessoa, há pelo menos quatro mandatos de prefeito, dizem que Cícero é o melhor governante da cidade, sem contar que já o fizeram vice-governador, governador e senador.

Do primeiro mandato exercido, provido pelo voto direto dos paraibanos (1990) até agora, perpassando pelo cargo de Ministro de Estado, Cícero é o político da Paraíba que mais exerceu cargos políticos importantes e diversos, sem contar que alguns ocuparam menos cargos mas mais proeminentes. Além do mais, com vida pública iniciada em 1990, somente tem 67 anos, e ainda tem força política para chegar novamente ao governo do Estado – é um sortudo.

O nome de Cícero é sorte, um atributo combinado com fé, que ele exerce com a convicção de um monge beneditino. Pouca gente sabe que ele consulta de forma frequente os gurus espirituais da Igreja Católica. Nem só de sorte e fé, contudo, vivem os homens vitoriosos, senão da competência que Deus também lhes deu. É o caso: Cícero é competente.

Dedicado ao que faz, habilidoso, despojado, humilde, ponderado, equilibrado e confiável a seus seguidores, Cícero é o Benedito, expressão usada em 1933 quando Getúlio Vargas ungiu Benedito Valadares ao governo de Minas Gerais, em meio a tensas especulações dos líderes mineiros. A pergunta era, à época, o que virou até hoje um adágio popular: será o Benedito? E assim como foi confirmado Benedito Valadares governador de Minas em 33, Cícero deverá ser o Benedito daqui em 2026.

De mais, para além de sorte e fé, Cícero tem um velho parceiro de caminhada, como São Jorge e Cervantes: um cavalo cavalgador, leal e pronto para lhe oferecer uma sela, qualquer que seja a travessia. Diferente dos animais que passam indóceis e apressados, o cavalo de Cícero é manso e domado, sabe até a hora que ele quer montar. Ou seja, quando Cícero precisa subir à sela, basta um estalo de dedo e seu Rocinante (cavalo de Cervante) aparece.

Para quem caminha por Santiago de Compostela a pé (de 300 a 800km), andar de montaria só precisa de 5 coisas: um cavalo amestrado e de confiança, uma sela de campeão, rédeas seguras, sorte e fé.

 

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