O mais recente escândalo na praça, precisamente o rombo de mais de R$ 6 bilhões no INSS, com o desvio de recursos dos aposentados, inspirou o professor Emir Candeia enviar texto, em que direciona suas críticas ao PT, por, segundo ele, estar sempre envolvido em escândalos. Confira íntegra…
O Partido dos Trabalhadores (PT), ao longo dos últimos anos, consolidou uma reputação marcada por escândalos de corrupção, nepotismo e desvio de recursos públicos. Mais do que casos isolados, os fatos recentes indicam um padrão de comportamento que compromete princípios básicos da administração pública. Vamos aos fatos:
1. Auxílio para mortos: a farra no serviço público
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou servidores recebendo auxílio-saúde para parentes já falecidos. Isso não é só um desvio administrativo — é um retrato da cultura de impunidade instalada em partes do funcionalismo público sob gestão do PT. Em vez de combater privilégios indevidos, o sistema parece favorecê-los, sustentando esquemas que drenam recursos públicos com práticas escandalosamente ilícitas.
2. “Frei Chico” e o velho sindicalismo podre
O irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, é vice-presidente de um sindicato alvo de operação da Polícia Federal. Essa relação direta entre o presidente da República e entidades sob investigação revela como o sindicalismo petista, que deveria representar o trabalhador, virou refúgio para suspeitas de desvio e aparelhamento político. O que se vê aqui é o velho vício do PT: misturar família, poder e influência, criando feudos pessoais em estruturas públicas.
3. Presidente do INSS cai em meio a escândalo bilionário
Em uma das fraudes mais graves, o presidente do INSS foi afastado por envolvimento num rombo de R$ 6,3 bilhões contra aposentados. A reação do ministro Carlos Lupi, ao dizer que o presidente “não deveria ser queimado na fogueira”, mostra não apenas a leniência, mas uma cumplicidade disfarçada de solidariedade. Quando o discurso político minimiza a gravidade de crimes contra os mais vulneráveis, como aposentados, a corrupção se institucionaliza.
4. Nomeações políticas absurdas e sem qualificação
A designer de interiores Maria Angélica Batista, sem nenhuma experiência na área, foi nomeada para um cargo de R$ 15,2 mil mensais na Conab, estatal responsável pela segurança alimentar. A nomeação foi feita sob o governo Lula, escancarando aparelhamento puro: colocar aliados e amigos em cargos estratégicos, não pela competência, mas pela proximidade com o poder. E não para por aí: o presidente da Conab, Edegar Pretto, também foi uma indicação pessoal de Lula, com laços familiares diretos com o MST.
5. O caso do arroz e o apadrinhamento político
No escândalo do leilão do arroz, o então secretário Neri Geller foi demitido, e mais uma vez a Conab apareceu no centro da crise. A estatal virou um balcão de negócios políticos, onde se mistura interesses eleitorais, decisões econômicas e má gestão de recursos públicos.
Conclusão: o PT e a máquina da corrupção
Não se trata de pontuar erros isolados. Estamos falando de um modelo de poder, onde cargos viram moeda de troca, parentes são promovidos a gestores, e os recursos públicos se tornam trampolim para projetos pessoais e partidários. O PT, que nasceu com o discurso da ética e da justiça social, hoje representa, para muitos brasileiros, a face mais emblemática da corrupção no Brasil.
A cada nova denúncia, a confiança da população vai se esfarelando — e com razão. Quando o Estado é administrado como extensão de um partido, e não como serviço ao povo, o resultado inevitável é desgoverno, impunidade e miséria ética.
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