O escritor Gegê Carsan volta a contribuir com este espaço de pensamento livre, apresentando um texto que é antigo, mas, segundo o autor, revela-se cada vez mais atual, diante das circunstâncias que presenciamos. E levanta alguns fatos históricos, para embasar a pergunta que faz na partida: o que esperar do amanhã? Um amanhã que, a julgar pelas suas observações, não sinaliza com as mudanças tão necessárias. Confira íntegra…
No ano 0 já ocorreu um insurgente. Foi crucificado em Praça pública e ninguém objetou.
Nos 1600, o Padre António Vieira já relatava os problemas entre tiranos e povão. E em 1920, a filósofa abaixo falava da mesma coisa que enfrentamos hoje em todo o Mundo.
Cinco mil anos de História e não conseguimos emplacar, substanciar, viver a Democracia.
Vamos ao texto da filósofa, que representa aquele tempo passado tão presente e tão futuro:
Lembrei-me de uma citação da filósofa judia russo-americana Ayn Rand que, em 1920, escreveu:
”Quando você perceber, que para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”
Infelizmentemente, amaldiçoadamentemente, cara-de-pau-mente, povo-passivamentemente, nada mudou… tudo segue normalmentemente.
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