Em seu comentário, o professor Emir Candeia traça o paralelo entre o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas, quando ao tratamento dispensado por suas gestões à educação e tecnologia. E diz: “Enquanto São Paulo investe pesado para atrair e manter os melhores cérebros do país, oferecendo bolsas dignas, o governo federal empurra os pesquisadores para a desistência, para o exterior ou para o subemprego.” Confira íntegra…
O Brasil caminha para a dependência intelectual. Em uma comparação direta e objetiva, fica escancarada a diferença de prioridades entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no que diz respeito ao incentivo à ciência, à pesquisa e à formação de alto nível no Brasil.
Uma simples tabela de valores de bolsas de estudo revela a disparidade vergonhosa:
Essa tabela não é apenas uma planilha de números (Dados da Fapesp. MCTI e CNPq). É o retrato fiel de quem cuida da ciência e de quem a negligencia.
Enquanto São Paulo investe pesado para atrair e manter os melhores cérebros do país, oferecendo bolsas dignas, o governo federal empurra os pesquisadores para a desistência, para o exterior ou para o subemprego. Com esse tipo de política, Tarcísio prepara o estado de São Paulo para competir de igual para igual com centros de excelência do mundo inteiro, enquanto o governo Lula afunda o Brasil na estagnação intelectual.
Não é apenas uma questão de números, mas de visão de país. A ciência e a tecnologia são os motores do desenvolvimento de qualquer nação soberana. Sem formação sólida em pesquisa, o Brasil continuará importando tecnologia, comprando conhecimento pronto e servindo apenas como mercado consumidor para as nações desenvolvidas.
O discurso de soberania do atual governo federal vira fumaça diante da prática real, que é o abandono da formação científica. Não se trata apenas de falta de recursos — é falta de prioridade, de compromisso, de visão de futuro. Investir em bolsas é investir em cérebros, e investir em cérebros é garantir que o país tenha autonomia em inovação, saúde, energia, agricultura e defesa.
O governo Lula mostra mais uma vez que prefere discursos populistas e ações superficiais, enquanto ignora silenciosamente os pilares do verdadeiro progresso nacional: a educação, a ciência e a pesquisa de ponta. Se o Brasil quer ser soberano, precisa formar seus próprios mestres, doutores e pós-doutores — não pode seguir mendigando tecnologia e conhecimento no exterior.
Tarcísio entendeu isso. Lula, não. E enquanto o Brasil dorme sob promessas e discursos vazios, São Paulo acorda cedo, estuda mais e se prepara para liderar.
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