PENSAMENTO PLURAL Uma história de sucesso, por Palmarí de Lucena
Muitas ainda são as dúvidas sobre a química de funcionamento das vacinas contra Covid. Mesmo assim, pelos primeiros dados, já é possível aquilatar como a vacinação é a esperança para se restabelecer o mínimo de normalidade tão afetada pela pandemia. Para o escritor Palmarí de Lucena, é importante, porém, “que pesquisas e estudos sejam realizados no Brasil, para desmistificar lendas urbanas, fake news e desinformação”. Confira íntegra de seu comentário…
Apesar de avanços no desenvolvimento de inúmeras vacinas para a covid-19, continua circulando na imprensa e mídias sociais, narrativas perniciosas sobre quase tudo que tem a ver com os novos imunizantes. Questionamentos abundam: qual é o ponto de vacinar-se quando a pessoa ainda pode ser infectada; se a proteção não dura por muito tempo ou se a própria vacina pode causar perigosos efeitos colaterais? Dúvidas que subestimam esforços de governos para obter a máxima participação viável de grupos com alta vulnerabilidade ao contágio, hospitalizações, nos casos mais graves, óbitos.
Mesmo com alguns soluços na campanha de imunização, a ciência está do nosso lado. O Centro para Controle de Doenças e Prevenção dos EUA (CDC) publicou dados recentemente sobre ocorrências conhecidas como “breakthrough coronavirus infections”, aqueles casos quando pessoas totalmente vacinadas testaram positivo. Estes dados demonstram quão eficaz a imunização é, fato muitas vezes subnotificados pela mídia e ativistas antivacinas.
Segundo o relatório do CDC, apenas 5.800 residentes dos EUA vacinadas se infetaram com o coronavirus, revelando uma taxa de menos de 0,008% em relação as 77 milhões de pessoas inoculadas, feito notável quando comparado com as 68.000 infecções diárias no País, que num período de 30 dias é quase 100% mais alta do que infecções naqueles vacinados.
Vacinas nos protegem contra esta doença mortal e são o caminho de retorno a vida pré-pandemia. A ciência produziu notáveis avanços no combate da covid-19, todos nós, principalmente os profissionais de saúde e autoridades sanitárias, deveriam elencar os riscos mínimos das vacinas em perspectiva, enquanto celebram os extraordinários benefícios que os imunizantes trarão a toda humanidade.
É imprescindível que cientistas, pessoal de saúde e a mídia colaborem para educar a população sobre os benefícios de imunização e a importância da manutenção de medidas sanitárias, para achatar a curva de contágio da doença. Também se torna necessário que pesquisas e estudos sejam realizados no Brasil, para desmistificar lendas urbanas, fake news e desinformação produzidas por grupos ou pessoas, dedicados em turvar as águas cristalinas do achado científico e da própria ciência. Devemos dizer em uníssono: Vacinas Já!
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