PERGUNTAR NÃO OFENDE – Tinha como a oposição vencer a eleição com todo o dinheiro da Cruz Vermelha irrigando a campanha girassol?
Preste atenção, meu caro Paiakan: em 2014, quando Ricardo Coutinho disputou a reeleição, ele detinha o comando do Estado, e dispunha de recursos do Empreender PB, das benesses concedidas na PBPrev, a caneta para nomear codificados e formar exército de campanha, tinha como conceder benefícios fiscais e tal. O uso desses instrumentos virou inclusive uma dezena de AIJEs pelo uso da máquina pública.
Agora, o que ninguém ainda avaliou bem até agora era que, além de todo esse arsenal, que não é pouco, ele dispunha também dos recursos desviados da Cruz Vermelha. Conforme revelações da força tarefa da Operação Calvário, Michelle Louzada Cardozo, secretária de Daniel Gomes da Silva, chefe da organização criminosa, veio, em mais de uma oportunidade, irrigar a campanha ricardeira.
Ela mesma confessou que, ainda no 1º turno de 2014 (dia 23 de setembro), veio à Paraíba em avião fretado, trazendo caixas de dinheiro, o verdadeiro vinho que turbinou a reeleição de sua excelência. Depois, quando o ex-senador Cássio Cunha Lima, mesmo com todo aparato contra, venceu a parada, Michele voltou encharcar a campanha do aliado com o dinheiro tinto da Cruz Vermelha, para assegurar a vitória no 2º turno.
Então, a indagação que se impõe é, meu caro Paiakan: tinha como a oposição vencer a disputa contra a transfusão de dinheirama da Cruz Vermelha nas veias da campanha do ex-governador? Algo similar teria ocorrido nas eleições do ano passado, em favor do governador João Azevedo. Por isso, ficou fácil o ex-governador arrotar que iria dar uma surra de varas na oposição! Varas de videira em forma de cruz…