Pesquisa Ipespe flagra toda insatisfação do pessoense contra o que RC representa
É curioso como, apesar de todo o barulho que os briguentos girassóis vêm fazendo nos últimos dias, praticamente galvanizando todos os holofotes da mídia, as oposições seguem firme na dianteira das pesquisas em João Pessoa. E muito na frente.
Os candidatos Zé Maranhão e Cícero Lucena vencem a disputa contra qualquer candidato do chamado coletivo ricardista, em quaisquer dos cenários possíveis, segundo os números da última pesquisa Ipespe publicada neste domingo (dia 3), no Jornal da Paraíba.
Mais: quando se computa a soma de todos os candidatos de oposição, Maranhão (22%), Cícero (19%), Luciano Cartaxo (7%), Toinho do Sopão (4%) e Major Fábio (1%) chega-se a 53%. Num quadro em que há 16% de votos brancos e nulos e 23% de indecisos.
Os candidatos do guarda-chuva ricardista, Estelizabel Bezerra (5%), Geraldo Amorim (2%) e Nonato Bandeira (1%) somam 8%, num cenário. Ou com Luciano Agra (10%), no lugar de Estelizabel, atingem no máximo 11%, noutro cenário. São números eloquentes.
Claro que pesquisa, não custa repetir, é apenas um retrato de momento. Mas, a preço de hoje, a população tem uma clara opção pela oposição. Mas, não uma oposição a Agra ou Estelizabel. Uma oposição ao que representa o governador Ricardo Coutinho.
Agra, por exemplo, tem uma gestão bem aprovada. Estelizabel não tem elevada rejeição. E mesmo Nonato Bandeira que, durante muito tempo, representou o lado mais perverso do Governo RC, não é para-raios da elétrica revolta da população.
A insatisfação está claramente direcionada a Ricardo. Talvez não seja por outra razão que Agra e Nonato cuidaram de ir para o confronto com RC, entendendo que sua companhia, antes imprescindível, hoje pode ser a senha para uma derrota em outubro.
E o motivo é simples: por mais que os ricardistas remanescentes fiquem furibundos, a verdade é nosso ínclito, preclaro e insigne vem protagonizando um dos piores governos de que se tem notícia na História contemporânea da Paraíba. Não há como negar.
Tudo o quanto, antes, ele pregava como bandeira de democracia, hoje renega. Beira ao stalinismo, com perseguições a adversários, demissões em massa, massacre de várias categorias de servidores e o mais deslavado projeto de terceirização de saúde do País.
Não é, portanto, de estranhar que a população rejeite seu projeto de poder, pois que não é um projeto de Governo. O reflexo está nas pesquisas. Então, a menos que algo extraordinário ocorra até as urnas, a oposição dificilmente perderá essa parada para RC.