PMDB chega ao poder com Temer mas perde fôlego na Paraíba e corre risco de chegar (novamente) como mero coadjuvante em 2018
O PMDB da Paraíba vive uma ironia e uma contradição. No momento em que o peemedebista Michel Temer chega à Presidência da República, o partido, que já foi o maior do Estado, passa por um paulatino processo de desidratação de seus quadros. Nos últimos tempos, perdeu dois dos quatro deputados estaduais eleitos em 2014.
As peças de reposição escaladas para minimizar a perda, não irão recompor o prejuízo. Ricardo Marcelo, que deve se filiar ao partido, na próxima semana, já anunciou, em mais de uma oportunidade, que não deverá mais ser candidato. Portanto, não soma tanto. Julys Roberto, suplente de deputado, é meramente uma promessa, apesar da boa votação.
No principal colégio eleitoral, que é João Pessoa, o partido não tem um só vereador. É incerto se irá eleger uma bancada minimamente expressiva nas eleições de outubro. Passa, obviamente, pela candidatura do deputado Manuel Júnior, que depende uma unidade interna para se consolidar. E das forças que conseguirá atrair em sua coligação.
Dos mais de 50 prefeitos que elegeu há dois anos, o PMDB perdeu mais de uma dezena deles para o PSB do governador Ricardo Coutinho e partidos aliados seus. O mesmo pode-se dizer de centenas de vereadores distribuídos em todo o Estado. É visível a perda de substância.
O partido tem, obviamente, duas balas na agulha para não agravar o emagrecimento: o eventual sucesso do Governo Temer e a capacidade de eleger um número maior de prefeitos nas eleições de outubro. Corre o risco de chegar, mais uma vez, como mero coadjuvante nas eleições de 2018.