PMDB e PT começam a digerir a aliança em primeiro turno
É possível que PMDB e PT tenha dado, na tarde desta segunda (dia 24), o primeiro grande passo para formatar uma aliança, que está escrita nas estrelas desde que o senador Cássio Cunha Lima rompeu com o governador Ricardo Coutinho, e apresentou-se como candidato do PSDB. Como se sabe, a Paraíba não comporta mais de três candidatos de partidos convencionais.
Apesar de não anunciarem a aliança já, está claro que o almoço do prefeito Luciano Cartaxo e o ex-prefeito Veneziano, com a presença dos petistas Charlinton Machado, presidente estadual do partido, e Jackson Macedo, era degustar um cardápio que prevê, entre outros, digerir um a resistência que existe em alguns setores do PT, e acomodar as pretensões da pré-candidata Nadja Palitot.
De qualquer forma, é improvável que, a partir desse encontro, os dois partidos não encontrem uma forma de se entenderem já em primeiro turno. De cara, porque a direção nacional do PT recomenda essa aliança, de forma explícita, em torno do fortalecimento da candidatura da presidente Dilma. Depois, o PT precisa oferecer um palanque único no Estado para a presidente Dilma.
Como se sabe, Dilma não terá vida fácil na Paraíba, afinal Campina Grande foi a á única do interior do Nordeste onde ela perdeu para Zé Serra em 2010, graças ao apoio de Cássio Cunha Lima ao tucano. Já há, portanto, um histórico preocupante. A presidente corre o risco de amargar um desempenho pífio no Estado, se não tiver um palanque unificado e fortalecido.
Apesar das evidentes divergências entre PMDB e PT no plano nacional, especialmente a partir do Congresso Nacional, os dois partidos estão “condenados” a se unir. Tanto em torno de Dilma, quanto nos Estados. A esta altura, diante de todos os laços que existem entre os dois partidos, a verdade é que os dois partidos não têm mais como divorciar a aliança. Pelo menos não para as eleições de outubro.