PMDB e PT foram premiados no Governo e não têm do que se queixar. O que têm?
Pode-se dizer que o governador Ricardo Coutinho conseguiu “dar um nó” em dois dos principais corresponsáveis por sua reeleição, o PMDB e o PT. Ao PMDB do V (Vital) deu duas secretarias-executivas, sem muito poder de fogo e, neste caso, preferiu a quantidade à qualidade dos cargos, para duas pessoas (Nilda Gondim e Ana Cláudia) de evidente qualificação.
Para o PMDB do M (Maranhão) deu a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento que, até um dia desses, só era encontrada com uso de GPS. De quebra, pôs dois executivos de sua absoluta confiança: Ivam Burity (Turismo) e Wilbur Jácome (Desenvolvimento). Laplace Guedes terá, de um lado, que mostrar muito serviço para resgatar a pasta do limbo, depois conviver com os executivos de peso.
O PT do C (Cartaxo) foi aquinhoado com as Docas da Paraíba, onde Lucélio terá a chance de mostrar sua capacidade administrativa, em meio às dificuldades do Porto de Cabedelo, eternamente com problemas de calado. Já o PT do contra (Frei Anastácio) ficou com a Secretaria de Agricultura Familiar. Muito mais uma forma de atrair Anastácio para a base do Governo e evitar problemas com a votação de suas contas. Como se sabe, o petista é relator e já sinalizou que recomendará a reprovação.
Ou seja, para o distinto público, o governador jogou certo, e consolidou a impressão de ter sido leal e correto com os parceiros, avalistas de sua reeleição. Na prática, a história pode ser outra.