POR QUE A DEMORA? A inusitada situação do País que tem dois ministros da Saúde e não tem nenhum
Há um crescente desconforto na praça com a condição inusitada do médico paraibano Marcelo Queiroga. Indicado para o Ministério da Saúde, há uma semana, Marcelo segue como “futuro ministro”. Não há de ser uma situação confortável. Enquanto isso, o general Pazuello permanece e age como ministro.
A especulação mais recente indica que Marcelo Queiroga deverá tomar posse na próxima semana. Ora, isso é inaudito. Aparentemente, o governo Bolsonaro tenta encontrar uma “saída honrosa” para Pazuello, mas, nesse interregno, congela as ações do “futuro ministro”, que só poderá agir e se pronunciar quando for efetivado.
Se fosse em tempos normais, seria compreensível. Mas, nos momentos cruciais que o País enfrenta de combate ao coronavírus, não se pode perder tempo com filigranas burocráticas. É preciso agir e já.
Resultado: neste momento, Pazuello, demissionário, não pode ter novas iniciativa, e Marcelo, ainda não oficializado, não pode tomar suas próprias decisões. Com isso, o País vive o surrealismo de ter dois ministros da Saúde e não ter nenhum.