Por que a Paraíba não avança no Governo dos 40 anos
Quando candidato a governador, Ricardo Coutinho prometia levar a Paraíba a dar um salto para o futuro. Não tem tido muito sucesso em fazer o Estado avançar. São inúmeros os escândalos, seu Governo não consegue apresentar uma só obra com DNA próprio. E, mesmo quando dá alguns tímidos passos pra frente, empreende outros para trás.
Nos últimos dias, por exemplo, deu dois passos para frente. No primeiro, assinou a nomeação do procurador Oswaldo Trigueiro para assumir a vaga de desembargador no Tribunal de Justiça. Alguns dizem que não fez mais do que a obrigação, afinal Oswaldo foi o mais votado na lista sêxtupla do Ministério Público e, depois, na tríplice do TJ. Mas, deu.
Na última quinta (dia 29), deu um passo para frente depois de ter exposto nacionalmente o Estado com a iniciativa de proibir o uso de maquinetas de cartão de crédito/débito em estabelecimentos comerciais tipo bares e restaurantes. A Paraíba ficou na contramão e virou chacota nacional. Pressionado pelos empresários do setor e a opinião público, de um passo atrás e revogou a decisão.
Mas, enquanto dá dois tímidos passos para frente, segue andando para trás. Como foi o caso da queixa da prefeita Chica Mota (Patos) e outros que não apoiam seu projeto de reeleição, que esperam desde o início do ano por uma audiência, que ele simplesmente desconhece. Demonstra, primeiro, pequenez, depois certo desvio de conduta para um gestor que devia tratar a todos de forma igualitária.
E, pior, segue tratando seus adversários com desdém. Foi o que ocorreu, por exemplo, na solenidade de posse do novo procurador Bertrand Asfora. Na hora de saudar as autoridades presentes, que estavam ao seu lado, ele simplesmente desconheceu a presença do senador Cícero Lucena e o prefeito Luciano Cartaxo. Quem estava no evento percebeu , claramente, como cometeu a omissão de propósito, pois não tinha como desconhecer suas presenças. Estavam a seu lado.
A continuar nessa batida, o governador não vai conseguir fazer 40 em quatro anos, como prometia em seu guia eleitoral. Nesses primeiros dois anos e meio, ou 25 anos, como se queira, o principal avanço do Estado foi em escândalo e em gestos como esses de descortesia. Nessa batida, não vai conseguir chegar nem a Santiago de Compostela…
A menos, é claro, que seja no King Air do Estado…