POR QUE SERÁ? Estadão e Globo trazem que GSI dispensou reforço de guarda horas antes dos ataques em Brasília
O Gabinete de Segurança Institucional está sob suspeita. Segundo reportagem dos jornais Estadão e Valor (Globo), o GSI chegou a dispensar reforço da guarda, no Palácio do Planalto, 20 horas antes das invasões protagonizadas por vândalos, no último domingo (8/01).
O GSI, chefiado pelo general Marco Edson Gonçalves Dias, teria segundo a mídia, dispensado, por escrito, o pelotão de 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial. O Plano Escudo para a defesa dos palácios só foi acionado após os vândalos ocuparem sede do Executivo.
O detalhe é que os serviços de inteligência chegaram da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) avisaram 48 órgãos do governo, inclusive GSI, da possibilidade de atos de violência, ocupação e depredação de prédios públicos em Brasília, naquele dia.
Cronologia – Na manhã de domingo, o Palácio do Planalto era protegido por apenas uma guarda, mas com poucos equipamentos, como escudos, bombas de gás e balas de borracha.
No início da tarde, o Comando Militar do Planalto entrou em contato com o GSI e enviou pelotão ao Planalto. Às 15 horas, o primeiro grupo de soldados com equipamento de choque, de um total de 380 que foram deslocados, se dirigiu ao palácio. Só então o GSI formalizou o pedido de reforço e ativou o Plano Escudo. Era tarde.
Responsabilização – Depois das invasões nas sedes dos Três Poderes, o governo do Distrito Federal foi apontado como principal culpado pelas falhas de segurança. Agora, com as novas informações, as suspeitas, de acordo com a reportagem do jornal, apontam para órgãos do próprio governo federal. (mais em https://bit.ly/3vZw4cE e https://bit.ly/3X463ot).
O outro lado – O coronel Gonçalves negou que tenha havido falta de efetivo suficiente para impedir a entrada dos vândalos, pontuando que o efetivo leva em consideração as ameaças que deveriam ter sido bloqueados antes de chegarem na Praça dos Três Poderes.
Dias ainda conta que 4 mil pessoas forçaram, ao mesmo tempo, a entrada no Palácio. Vídeos mostrando bate-boca entre militares e o batalhão de Choque levantaram questionamentos sobre a possibilidade de os manifestantes terem tido ajudado por parte dos agentes de segurança, saindo do prédio. Mas, Dias garante que isso não aconteceu, que não houve má-fé, e sim, apenas um ruído na comunicação.