Por que toda essa fúria de Benjamin contra seu tio Maranhão?

Manda a prudência que não é razoável se meter em briga de família. Mas, esse caso envolvendo o ex-senador Zé Maranhão e seu sobrinho Benjamim extrapolou os limites da civilidade familiar, sobretudo pela ferocidade dos ataques com viés político. Não é todo dia que parentes tão próximos rompem politicamente com um saldo tão pesado de ofensas pessoais. A origem dessa querela veio com a decisão de Maranhão, o tio, disputar a deputação federal. Ora, ele só tinha três opções, após o revés na disputa pela Prefeitura de João Pessoa: encerrar a carreira política, disputar a senatoria ou postular vaga na Câmara Federal. Opções com vantagens e desvantagens. Restava a Maranhão optar pela menos comprometedora à sua biografia.

Benjamim e Maranhão

Manda a prudência que não é razoável se meter em briga de família. Mas, esse caso envolvendo o ex-senador Zé Maranhão e seu sobrinho Benjamim extrapolou os limites da civilidade familiar, sobretudo pela ferocidade dos ataques com viés político. Não é todo dia que parentes tão próximos rompem politicamente com um saldo tão pesado de ofensas pessoais.

A origem dessa querela veio com a decisão de Maranhão, o tio, disputar a deputação federal. Ora, ele só tinha três opções, após o revés na disputa pela Prefeitura de João Pessoa: encerrar a carreira política, disputar a senatoria ou postular vaga na Câmara Federal. Opções com vantagens e desvantagens. Restava a Maranhão optar pela menos comprometedora à sua biografia.

Encerrar a carreira talvez não fosse a melhor alternativa. O político não sobrevive sem mandato, e Maranhão ainda dispõe de fôlego para uma disputa parlamentar, inclusive como puxador de votos. A senatoria criaria problemas adicionais ao candidato a governador Veneziano, ante a necessidade de alianças para fortalecimento da chapa. Restou concorrer à deputação.

E qual o problema de dois parentes disputarem a deputação federal numa mesma eleição?. Ora, no pleito de 1994, disputaram vaga na Câmara Federal o sobrinho Cássio Cunha Lima e seu tio Ivandro Cunha Lima. Não brigaram nem antes, nem depois da eleição, e terminaram eleitos. Sem problemas. Por que o mesmo não poderia ocorrer com Benjamim e seu tio Maranhão?

Três resultados podem ocorrer com as duas candidaturas: os dois se elegerem (como Cássio e Ivandro), nenhum dos dois, ou apenas um deles. E, nesse caso, pela fúria de Benjamim, fica a impressão de que as chances de Maranhão são maiores. O fato é que não pegou bem seu ataque contra o tio e sua esposa, a desembargadora Fátima Bezerra. Pode até nem ser, mas passou a impressão de destempero e desespero.

Tudo bem que Benjamim tem uma sena acumulada, por ter sido “sacrificado” na eleição de 2006, quando estava como nome relacionado ao “escândalo dos sanguessugas” e, certamente, comprometeria demais a candidatura de Maranhão ao Governo. Mas, tanto tempo, depois agir com ranço demonstra um viés de ingratidão, porque, afinal, talvez não deva esquecer de que foi graças ao apoio e ao prestígio do tio que ele chegou à Câmara Federal.