A declaração do presidente Lula, nessa segunda-feira (17/02), certamente causou abalos junto a governadores e empresários do setor dos combustíveis. Lula se referia ao aumento da gasolina, diesel, etano e gás, nas últimas semanas, e isentou o seu Governo a Petrobrás pela escalada.
De um lado, Lula afirmou que o aumento foi ocasionado pelo aumento de ICMS nos Estados, e, de outro, responsabilizou as empresas que comercializam os combustíves que, segundo o petista, multiplicam o valor do produto, desde as distribuidoras, até os postos de combusíveis.
Suas declarações foram dadas, em Angra dos Reis, onde participou de um evento da Petrobrás: “Depende do ICMS que é cobrado. O povo paga o triplo do preço que sai da Petrobras. É importante informar a população disso, para o povo saber quem xingar na hora que aumenta, para o povo saber quem é o filha da mãe disso.”
E ainda criticou empresas que atuam na cadeia da comercialização de gasolina, diesel e gás de cozinha e defendeu a venda direta dos produtos: “Se a gente puder vender direto a gasolina, o gás, porque, no fundo, no fundo, ele (falando do consumidor) é assaltado pelo intermediário. Ele é assaltado. E a fama fica nas costas do Governo.”
Reação – O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal foi o primeiro a reagir à fala do presidente. Em nota, alertou: “Os impostos federais, PIS, Cofins e Cide, somam 80 centavos, ou seja, são 25% de acréscimo sobre o preço da Petrobras.”