Prejuízo da UEPB já atinge R$ 120 milhões
A redução nos repasses do duodécimo e a quebra da autonomia já provocaram um prejuízo orçamentário de aproximadamente R$ 120 milhões para a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Foi o que revelou ao Blog a reitora Marlene Alves, lamentando que o Governo do Estado se recuse a dialogar com a Instituição para reparar as perdas.
Outra revelação da reitora: “Para se ter uma ideia como a UEPB é tratada pelo Governo Ricardo Coutinho, a secretária Aracilba Rocha (Finanças) sequer fala mais comigo, está intrigada, porque reclamamos os repasses.” Esse é o clima que permeia as relação do Governo RC com uma das maiores instituições universitárias do interior do País.
Com a quebra da autonomia, a UEPB passou a ter uma extrema dependência da Secretaria de Finanças. Uma simples despesa de R$ 300, por exemplo, só é paga após uma consulta à pasta: “A UEPB, com a quebra da autonomia, está numa situação de agachamento. Uma das maiores conquistas de nossa Instituição foi jogada no lixo por Ricardo.”
Quando o assunto é redução nos repasses, a reitora Marlene faz as contas: “Quando Cássio passou o Governo pra Maranhão, deixou R$ 11milhões em restos a pagar. Maranhão pagou, mas deixou R$ 40 milhões para o Governo de Ricardo que, não apenas não pagou o saldo, como não repassou os R$ 62 milhões que devia repassar. O débito é de R$ 120 milhões.”
Marlene faz um alerta: “Por causa da redução dos repasses e a quebra da autonomia, a nossa Universidade está passando por graves dificuldades como, por exemplo, a impossibilidade de atualizar os salários do corpo funcional.” O que, aliás, levaram algumas categorias da Universidade a deflagrar uma paralisação por tempo indeterminado.
Na próxima quinta-feira, a Câmara de Campina Grande promove uma sessão especial conjunta com a Assembleia Legislativa, para discutir exatamente o problema porque passa, atualmente, a UEPB. O senador Cássio Cunha Lima, autor da autonomia, foi convidado, mas não tinha confirmado presença até a tarde da última sexta.