Presidente das Docas confirma tendência da Paraíba perder para Pernambuco a estocagem de combustíveis da Transpetro
A presidente da Companhia Docas, Gilmara Temóteo, confirmou, nesta terça (dia 13), que a Transpetro continua com o propósito de se retirar Porto de Cabedelo. Segundo Gilmara, há uma rodada de reuniões agendadas, para esta quarta, na tentativa de impedir que a empresa deixe as Docas, onde mantém sua logística de distribuição de combustíveis.
Haverá reunião com o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, e com o diretor de abastecimento da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Allan Kardec Duailibe Filho. Gilmara assegurou que constantemente vem fazendo gestão junto com a Petrobras e a ANP para “acompanhar e com antecedência destinar outras opções para a Paraíba”.
A justificativa utilizada pela Transpetro, segundo Gilmaras, é de reduzir os custos com os navios que seriam levados a Suape e então o deslocamento até a Paraíba feito por meio de rodovia. Com isso Cabedelo perderia por ano R$ 40 milhões e diminuiria a atuação do porto em 45%, além de aumentar o tráfego na BR 230 e subir os preços dos combustíveis de 10 a 15%.
A Paraíba já sofreu com o desabastecimento do porto no final de 2015 e início de 2016.
Sindipetro – Na manhã desta terça, Omar Aristides Hamad Filho, presidente do Sindipetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo) já dizia a Paraíba que deve perder para Pernambuco toda logística de distribuição de combustíveis nos próximos dias, “caso nenhuma providência seja tomada para dotar o Porto de Cabedelo de infraestrutura necessária para a atividade de cabotagem de granéis líquidos”.