Prestador de serviço admite na CPI do Tesoureiro ter assinado licitação sem estar qualificado
Uma revelação na CPI do Tesoureiro, conduzida pela Câmara Municipal de Campina Grande, surpreendeu aos vereadores. Roberto Soares de Carvalho, ex-prestador de serviços na Prefeitura, declarou ter assinado “sem conhecimento” técnico devido o processo licitatório nº 004/2009, ganho pela construtora JGR, empresa suspeita de integrar um esquema de fraude.
Roberto Carvalho revelou ter assinado porque os documentos foram dados para que ele assinasse, mas ele reconhece que não tinha habilitação para tal. A licitação de aproximadamente R$ 10,3 milhões surgiu nos autos como fraudulenta, conforme depoimento do ex-tesoureiro Rennan Trajano, autor da principais acusações contra o ex-prefeito e deputado Veneziano.
Rennan é a figura principal da CPI, após sua denúncia ter sido publicada no jornal Folha de São Paulo, alcançando repercussão nacional. Trajano afirmou à Folha que, em 2010, fez entregas de dinheiro em espécie ao então candidato ao Senado Vital do Rêgo, hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).O dinheiro foi desviado, segundo Farias, de um contrato de R$ 10,3 milhões entre a prefeitura e uma empreiteira, a JGR, que, segundo ele, sequer executou os serviços.