Procurador processa empresário após entrevista sobre Caso Desk ao Intrometidos

O empresário Flávio Rodolfo Pinheiro, que denunciou o Caso Desk, foi processado pelo procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, após sua entrevista ao programa Intrometidos do último dia 17. No programa, Rodolfo citou uma ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba, contra Gilberto e mais 14 pessoas supostamente envolvidas no escândalo.

Na queixa crime, de 31 de outubro, o procurador-geral alega que Rodolfo tentou atacar sua imagem: “Conforme se observa, é escancarada a intenção do querelado em denegrir a imagem de probidade do querelante, no exercício do cargo de gestor público, sem apresentar nenhuma prova que dê legitimidade as suas afirmações danosas, o que vem a denegrir por demais a honra, moral e imagem do autor.”

E ainda: “Imperioso ressaltar, que o canal “Intrometido”, possui grande repercussão, tendo 428 inscritos e 65.151 visualizações, o que vem a agravar ainda mais o dano sofrido pelo querelante, diante da grande visibilidade do canal. Além disso, o vídeo encontra-se expostos para ser visto a qualquer momento e compartilhado através de outros meios, como as redes sociais.”

Como começou – Durante sua entrevista ao Intrometidos, Rodolfo destacou um áudio do vereador Renato Martins, amplamente veiculada pela mídia, em que ele faz acusações contra Gilberto e lembrou uma Ação por improbidade ajuizada pelo Ministério Público sobre o Caso Desk: “Foi uma ação de 77 páginas, que o Ministério Público ajuizou de improbidade, dizendo que foi formada na Prefeitura de João Pessoa, no período de 2008 a 2010, uma organização para fraudar o erário público municipal.”

No áudio, Renato acusa o procurador de se beneficiar financeiramente com compras na Prefeitura e de ter impedido a instalação da CPI da Lagoa, proposta pela oposição na Câmara Municipal, para investigar denúncia de irregularidades na obra do parque Solon de Lucena: “Ele até impediu a CPI da Lagoa, porque não queria mais ir à Câmara. Aquele escandaloso caso que ele recebeu comissão na compra de material escolar que nunca chegou nas escolas.”

Denúncia ao governador – Segundo revelou o empresário aos jornalistas, desde abril de 2011 o governador Ricardo Coutinho tinha conhecimento do caso, através de um documento em que ele protocolou junto à Casa Civil, mas do qual jamais teria obtido resposta. (com pb24horas.com.br)

CONFIRA O DOCUMENTO PROTOCOLADO PELO EMPRESÁRIO AO GOVERNADOR…