Os professores da Universidade Estadual da Paraíba, ora em greve, promovem, nesta quarta-feira (dia 10), um ato público “em defesa da instituição e dos direitos da categoria”, a partir das 9h, em frente ao Palácio da Redenção, na Praça dos Três Poderes. Segundo o comando de greve, o movimento visa alertar o governador Ricardo Coutinho sobre a pauta de reivindicações da categoria.
Os docentes estão em greve desde 12 de abril e, desde então, eles tentam um diálogo com o governador, mas sem sucesso. “O intuito dessa atividade é pressionar o Governo do Estado no sentido de criar um canal de comunicação e de negociação sobre a nossa pauta de reivindicações e em defesa da UEPB”, esclareceu o professor Edson Holanda, integrante do Comando de Greve.
A mobilização engloba os oito campi da UEPB e estão sendo organizadas caravanas também de outras cidades, a exemplo de Guarabira e Catolé do Rocha. Conforme o Comando de Greve, esse ato visa fazer com que os professores sejam ouvidos e atendidos em suas reivindicações para que possam voltar as suas atividades o quanto antes.
Cortes – Uma das principais queixas dos professores tem sido o paulatino corte nos repasses do duodécimo devido pelo Estado à UEPB. A redução tem provocado um acelerado processo de sucateamento e a ameaça de fechamento da Instituição, que é considerada um dos patrimônios da Paraíba.
Documento divulgado pela Aduepb mostra que, se nos meses de janeiro e fevereiro, o repasse foi de R$ 24.220.000,00 (vinte e quatro milhões, duzentos e vinte mil reais), em março, esse valor caiu para R$ 21.520.000,00. Segundo a Aduepb, vários ofícios foram enviados ao Governo, solicitando esclarecimentos, “a Universidade não recebeu nenhuma resposta”.
Orçamento – A LOA 2017, aprovada pela Assembleia autorizou à UEPB um montante de R$ 317.819.269,00 para o exercício do ano, ou seja, um duodécimo mensal de R$ 26.484.939,08. No entanto, no Cronograma Mensal de Desembolso publicado em 25 de janeiro de 2017, ficou estabelecido o valor de R$ 24.220.000,00 milhões mensais (valor fixado no duodécimo de janeiro e fevereiro), o que equivale a R$ 2.264.939,08 milhões a menos do que o definido pela LOA.