Professores denunciam corte de seus salários antes da Justiça decretar ilegalidade da greve
Estão generalizadas nas redes sociais as queixas de professores da rede estadual de ensino, contra a redução de seus salários este mês. Aparentemente, o Governo Ricardo Coutinho promoveu corte dos salários de forma indiscriminada, uma vez que não atingiu a todos os docentes, conforme os testemunhos postados na Internet.
Conforme relatos, os descontos chegaram a atingir até 30% dos vencimentos. A suspeita de alguns professores é que a redução se deve ao corte da chamada bolsa-desempenho, aquele penduricalho que o Governo pôs nos contracheques, e que pode retirar a qualquer momento. O Governo, pelo menos até esta manhã (quinta, dia 30), ainda não havia se manifestado sobre o assunto.
Segundo os professores, o corte ocorreu antes mesmo do desembargador João Alves da Silva decretar a ilegalidade da greve, “uma vez que, àquela altura, o Governo do Estado já havia fechado a folha de pagamentos, portanto foi um ato arbitrário do governador Ricardo Coutinho, que se antecipou à decisão da Justiça, talvez já certo de que conseguiria decretar a ilegalidade da greve”.
Diz um professor: “Nossa greve foi considerada ilegal a partir do dia 27 de abril, devíamos retornar as aulas sob pena de corte dos vencimentos a partir do dia 29 de abril, mas Reicardus II, também conhecido por Ricardo Coutinho já providenciou de imediato corte nos vencimentos de abril, pois bem este valor corresponde aos dias que não demos aulas por estarmos em movimento legitimo de greve.”
Alguns docentes mais revoltados com o desconto em seus contracheques já ameaçam boicotar o IDEB, que é é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
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